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Oriente Médio
24/6/2025 10:00
Enquanto o mundo se horroriza com as imagens de crianças palestinas sob os escombros de Gaza, Israel continua sua política de extermínio com total respaldo das potências ocidentais. O Estado sionista, financiado e armado até os dentes pelos EUA, age como um braço militar do imperialismo na região, massacrando populações civis e desrespeitando todas as normas do direito internacional. A mesma máquina de guerra que destruiu o Líbano em 2006 e mantém a Palestina sob ocupação há décadas agora mira o Irã, numa escalada perigosa que pode incendiar todo o Oriente Médio.
A narrativa de "legítima defesa" usada por Israel é uma falácia criminosa. Como pode um Estado com um dos exércitos mais poderosos do mundo, dotado de armas nucleares, alegar que está se defendendo de um povo sitiado, sem exército, sem aeronaves, sem direito sequer à circulação livre em seu próprio território? A verdade é que Israel não quer paz - quer expansão. Quer anexar mais terras, manter o apartheid contra os palestinos e eliminar qualquer resistência à sua hegemonia regional.
A comunidade internacional, sob o domínio dos EUA e da Europa, fecha os olhos para os crimes de Israel. Enquanto condenam supostas violações de direitos humanos em outros países, fornecem bilhões em armas e apoio político ao regime sionista. A mesma ONU que impôs sanções a nações soberanas por supostas ameaças à paz permite que Israel viole mais de 100 resoluções do Conselho de Segurança sem qualquer consequência. Essa seletividade não é acaso: é o racismo e o colonialismo disfarçados de diplomacia.
O Brasil não pode se omitir. Manter relações comerciais e diplomáticas com Israel é compactuar com um Estado genocida. É inaceitável que empresas brasileiras façam negócios com um regime que usa tecnologia de vigilância para oprimir palestinos e exporta táticas de repressão testadas em Gaza para outros países. O governo Lula deve romper imediatamente todos os laços com Israel e apoiar as campanhas internacionais de boicote (BDS). Se queremos ser um país soberano, não podemos nos curvar aos interesses dos algozes do povo palestino.
A mídia corporativa, aliada do sionismo, trabalha para justificar o injustificável. Transformam vítimas em agressores, ocupação em "conflito", limpeza étnica em "medidas de segurança". Enquanto a imprensa hegemônica repete os chavões da propaganda israelense, cabe à esquerda desmascarar essa manipulação. A resistência palestina não é terrorismo, é a luta legítima de um povo que há 75 anos sofre com a ocupação, o deslocamento forçado e o exílio.
A hipocrisia das potências ocidentais chega a ser grotesca. Os mesmos que invadiram o Iraque sob falsos pretextos, que destruíram a Líbia e financiaram golpes na América Latina agora fingem preocupação com a "segurança" de Israel. Não se enganem: o que está em jogo não é a existência de Israel, mas seu projeto expansionista. Querem um Oriente Médio fragmentado, enfraquecido e submisso aos interesses do capital internacional.
A esquerda brasileira deve se unir em solidariedade à Palestina e a todos os povos oprimidos pelo imperialismo. Não podemos aceitar que o Brasil, sob o pretexto de "neutralidade", se omita diante de um genocídio em curso. É preciso pressionar o governo a tomar uma posição firme, cortar relações com Israel e denunciar seus crimes nos fóruns internacionais.
Chega de impunidade. Chega de massacres. O sangue palestino não é moeda de troca na geopolítica. Enquanto deputado distrital e militante histórico, reafirmo meu compromisso com a luta anti-imperialista e exijo do Estado brasileiro uma postura à altura deste momento histórico: romper com Israel já é o mínimo que devemos fazer. A Palestina resiste e o Brasil não pode ficar do lado dos opressores.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].