O grandioso fundo dos políticos

Para 2026, somando o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (R$ 4,9 bi), conhecido também como fundão eleitoral, com o Fundo Partidário (R$ 1,4 bi), chega-se ao estratosférico valor de R$ 6,3 bilhões. Sim. Eu, você, nós pagaremos tudo isso.

Dizem que a democracia tem um custo. Pelo visto, o custo da democracia tem aumentado e para as próximas eleições está bastante alto. Todo esse investimento feito com dinheiro público tem dado bom retorno para a população? Parece que não. Basta olhar para a Câmara - que recentemente aprovou a PEC da bandidagem, rejeitada e enterrada felizmente pelo Senado e pelo povo na rua.

E ainda insistem em anistia para os envolvidos no 8 de janeiro e na trama golpista. Agora querem diminuir as penas dos condenados. Quem planejou golpe e por pouco não executou a façanha deve pagar pelo que fez como exemplo para a sociedade e para futuros governantes que ousem flertar com autoritarismo e com ditadura.

A população está satisfeita com seus vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República? Deveria estar, afinal todos receberam voto do povo, não estão ocupando cargo público eletivo por acaso.

Com 6 bilhões, existe qualidade na representação política? São eleitos os melhores, os mais bem preparados, experientes, responsáveis? Serão eleitos bons oradores, indivíduos com boa formação, com bom repertório cultural?

O fundão dos políticos é algo exorbitante. Boa parte desse recurso poderia ir para saúde, educação e segurança pública.

É claro que com um fundo, como no atual modelo, os eleitos não ficam reféns de doadores de campanha. Não se trata de defender a volta do antigo modelo de doações. Trata-se de apelar para o bom senso, que segue em falta na classe política.

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