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Política

Esquerda, Judiciário e parte da direita do Brasil querem Bolsonaro morto

Prisão do ex-presidente expõe disputas internas na direita e críticas ao STF.

Adrilles Jorge

Adrilles Jorge

3/12/2025 11:00

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A prisão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) traz, em si, um conteúdo de subconsciente latente coletivo. Sua detenção, com o silenciamento, entre quatro paredes, na sede da Polícia Federal, é boa para todos aqueles desprovidos de caráter. Esquerda, Supremo Tribunal Federal (STF) e enorme parte da direita não só querem vê-lo preso, calado, como, secretamente, se regozijariam, caso o líder nacional do PL morresse.

E por quê? Ora, a esquerda, por razões óbvias, sempre quis destruir e anular completamente seus adversários. O STF, por sua vez, eventualmente, já está condenando Bolsonaro a uma morte lenta. Caso isso se concretizasse, nada teria a Alta Corte a dizer, a exemplo de sua postura diante ao que aconteceu com Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão — um dos detidos nos atos do 8 de janeiro de 2023. Com a saúde indiscutivelmente debilitada, Clezão morreu no Complexo Penitenciário da Papuda, na capital do país, meses após ser detido, sem nem ter sido julgado - tudo, ao meu juízo, por omissão calculada do Supremo brasileiro.

Já parte enorme de lideranças da direita planeja, sem o menor pudor, suas candidaturas para as eleições de 2026. Estão bem ocupadas com elas mesmas, fazendo campanha para projetar suas carreiras políticas e buscar votos no próximo ano.

Tal parcela da direita não só se refestela, ainda que de forma velada, no silêncio forçado de Bolsonaro, como, ouso a dizer, também sambaria na onda de seu eventual falecimento. Choraria, em palanque, pelo então mártir, apenas durante discursos eleitoreiros. Isso sem nada ter feito pelo ex-presidente em vida. Poderia, diga-se de passagem, fazer agora - mas, não! Prefere ficar na inanição, pendurada em seus umbigos narcísicos e nas benesses inerentes de quem opta em ficar em cima do muro, no melhor estilo "centrão" de ser.

Prisão agrava isolamento político do ex-presidente e tensiona 2026.

Prisão agrava isolamento político do ex-presidente e tensiona 2026.Eduardo F. S Lima/Ato Press/Folhapress

Bastaria, caso tivesse alguma intenção verdadeira de lutar, mesmo, por Bolsonaro, conclamar multidões às ruas pelo Impeachment de Alexandre de Moraes, ministro do STF — um sancionado internacional por violação de direitos humanos e que impõe, não de hoje, uma ditadura togada no Brasil.

Neste momento, era para governadores, senadores e líderes partidários, que se dizem de direita e gratos e leais a Bolsonaro, estarem amarrados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, berrando pela condenação mundial do absolutismo que prende e tortura não somente o ex-presidente da República, mas, também, milhares de inocentes.

Bolsonaro é um homem de 70 anos, doente, massacrado, anulado, marcado para sempre por uma facada. Sua voz tíbia, sua tentativa exasperada de roer a pulseira eletrônica, bem como seu deteriorado estado de saúde, físico e psíquico, abrem caminho para uma morte aos poucos na cadeia - profecia que não gostaria de fazer.

O ex-presidente foi preso por confiar na democracia. Por acreditar nas instituições e em eleições limpas. Por crer que, talvez o Exército e o Congresso Nacional perceberiam a atuação invasiva e parcial de um Tribunal com perseguição e censura à sua campanha pela reeleição ao Palácio do Planalto.

Hoje, o liberal se afunda na confiança daqueles que elegeu, por meio de suas bençãos e capital político, e que, agora, insensíveis, lhe viram as costas - ou, no máximo, esboçam discursos tímidos de misericórdia ou críticas frouxas aos carrascos travestidos de juízes de nossa nação.

Reitero: estes nada fazem, porque não querem. Preferem ver Bolsonaro, no cadafalso da hipocrisia, se deteriorando lentamente.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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