A minuta golpista incluída na ação contra Bolsonaro foi encontrada na casa de Anderson Torres. Foto: Tom Costa/MJSP
O ministro Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública, pediu a abertura de inquérito policial, na noite de quarta-feira (20), contra a revista
IstoÉ por estampar em uma capa da edição de outubro deste ano uma imagem do presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) caracterizado como o líder nazista Adolf Hitler.
No Twitter, Torres afirmou que encaminhou o pedido para que a Polícia Federal (PF) investigue possível crime contra a honra do presidente.
O documento foi publicado pelo ministro nas redes sociais e pede a adoção de medidas imediatas de "apuração dos fatos relatados, sem prejuízo de outros eventualmente caracterizados".
Na terça-feira (19), a Advocacia Geral da União (AGU)
pediu direito de resposta à revista, via notificação extrajudicial. O órgão sugeriu uma nova capa, enviada pronta, na qual afirma que Bolsonaro defendeu o direito à vida, ao emprego e à liberdade.
Em resposta, a revista justificou que "O Brasil está enfrentando seu momento Nuremberg" em referência ao tribunal que julgou crimes do regime nazista. Disse que "é hora de compreender a extensão da catástrofe perpetrada pelo presidente e por seus asseclas. E é o que a comissão está fazendo".
A AGU retrucou e afirmou que a capa atinge "direta e indevidamente" a imagem do presidente da República e argumentou que a revista é omissa quanto às ações do governo em relação à crise sanitária, além de afirmar que o periódico repercute informações com parcialidade.
