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Por que a esquerda não renuncia ao Fundo Eleitoral?

É preciso mudar esse entendimento de que não se é possivel criar uma cultura de financiamento licito e privado na política brasileira.

Amanda Vettorazzo

Amanda Vettorazzo

17/6/2022 | Atualizado às 13:10

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"Governar um coletivo composto por vários centros de poder tem se tornado um desafio a que poucos são capazes de responder a contento". Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Cada dia mais as eleições de 2022 se aproximam. Sem muitos horizontes, o leito será pautado principalmente por temas como emprego, fome e renda, resultado direto das condições atuais que o país se encontra. A consequência disso é uma inclinação natural as esquerdas, o que deve acontecer somente nas eleições presidenciais, mas também as legislativas. Se por um lado, a preocupação do eleitorado é reflexo de um país fragilizado, por outro temos uma verdadeira fartura: nunca se gastará tanto em eleições como em 2022. O valor de R$ 5,7 bilhões para financiar campanhas em todo o Brasil nunca foi tão alto, e consegue proezas como ser maior que o orçamento do Itamaraty, da Anvisa e do Meio Ambiente. O aumento é simbólico: quando a renda brasileira é a menor nos últimos 10 anos, a verba para se fazer política só engorda. Logo, podemos esperar que pautas como taxação de grandes fortunas, fim da reforma trabalhista e do teto de gastos acabem virando a moda do momento e sejam usadas como propostas pela esquerda para diminuir em imediato a pobreza. Só que existe um porém: Se a esquerda está realmente preocupada com a desigualdade social, pq não denuncia o excessivo gasto com o fundão eleitoral? Na votação que foi ao congresso dia 17/12/21, a esquerda pouco fez questão de fazer oposição ao fundo eleitoral; a orientação de partidos como o PT e PCdoB foi o voto favoravel, e assim seus representantes no parlamento fizeram. Fazendo justiça: a bancada do PSOL votou contra, tal como Tabata Amaral. Mas ainda assim, sustentam sua campanha com dinheiro público. A situação consegue piorar quando vemos quais candidatos mais estão arrecadando para suas campanhas. Na plataforma do apoia, os primeiros colocados são candidatos de direita, sejam eles do MBL - como Kim Kataguiri, Renato Battista e Rubinho Nunes, ou do NOVO, como Fernando Holiday. Lideranças de esquerda simplesmente abdicam de fazer uma campanha 100% financiada por dinheiro privado, quando na verdade deveria ser exatamente o contrário: Não somente por causa do discurso onde denuncia desigualdades, mas também pelo recente histórico de empreiteiras financiando campanhas do PT com caixa 2. Se realmente houvesse coerência entre o discurso e a prática, políticos de esquerda deveriam ser referência em campanhas 100% transparentes e privadas, porém, escolhem não somente o discurso hipócrita como também abandonam qualquer discurso ético e anticorrupção e escolhem se calar sobre as relações de natureza minimamente duvidosas entre o PT e empreiteiras para fazer caixa 2 em campanhas. É preciso mudar esse entendimento de que não se é possivel criar uma cultura de financiamento licito e privado na política brasileira. O exemplo perfeito está em 2020 durante as eleições municipais: Arthur do Val tocou uma campanha para prefeito com fundos 100% privados e foi o líder de arrecadações na plataforma do "Apoia" levantando cerca de R$ 700 mil reais em doações para sua campanha para a prefeitura de São Paulo. Foram 500 mil votos, em uma campanha extremamente competitiva que acabou tendo o custo de voto mais barato entre os então candidatos ao Palacio do Anhangabaú. Muito além disso: Do Val passou longe de ser qualquer candidato, conseguindo o protagonismo no primeiro turno do leito, e pautando o debate público. Em uma democracia, é normal um lado aprender com o outro, e chegou o momento em que a esquerda precisa fazer essa autocritica: se eles realmente querem resolver o problema da desigualdade no Brasil, devem começar pela raiz e renunciarem ao uso do fundo eleitoral. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. > Leia mais textos do MBL
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