Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Artigos >
  3. Por que torcermos contra a seleção brasileira? | Congresso em Foco
[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER", "exhibitionresource": "ARTIGO_LEITURA", "assettype": "AR", "articlekey": 54019, "showDelay": true, "context": "{\"positioncode\":\"Leitura_Artigos_cima\",\"assettype\":\"AR\",\"articlekey\":54019}" }

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Por que torcermos contra a seleção brasileira?

Celso Lungaretti

Celso Lungaretti

5/6/2014 | Atualizado às 15:10

A-A+
COMPARTILHE ESTE ARTIGO
Os grãos petistas estão fortemente empenhados em desqualificar os brasileiros que torcerão (e protestarão) contra nossa seleção durante o Mundial da Fifa. Consequentemente, instalou-se nas redes propagandísticas do partido um clima tão rancoroso e histérico como eu nunca esperava presenciar de novo, o de ame-o ou deixe-o!. Lá no inferno o ditador Médici e o torturador Fleury devem estar eufóricos, convencidos de que riram por último. Não levo a sério o blablablá daqueles que jamais deram a mínima para o futebol e agora desandam a escrever besteiras patrioteiras, na suposição de que uma Copa do Mundo bem sucedida, culminando no hexa, contribuirá fortemente para a reeleição de Dilma Rousseff; nem as daqueles que sonham com um fracasso do oficialismo em julho e outubro. Vejo com muita simpatia uma nova geração começando a protestar contra as mazelas nacionais. Quem tem alma de revolucionário não pode, JAMAIS!, se colocar contra algo tão auspicioso (a voz das ruas não era ouvida desde o Fora Collor! de 1992) em função de mesquinhos cálculos eleitoreiros e da defesa incondicional de um governo que está apenas aumentando um pouco a quantidade de migalhas da mesa dos poderosos que é atirada aos miseráveis. O #NãoVaiTerCopa, contudo, me parece um exagero. Apesar das mil e uma maracutaias por ela propiciadas; da opção velhaca por 12 sedes quando a Fifa só exigia oito; dos investimentos que não foram feitos em saúde, educação, transporte coletivo, geração de energia e abastecimento de água; da arriscadíssima possibilidade de as Forças Armadas serem incumbidas de tarefas que não lhes são afins, receita certa de massacres; da indizível vergonha que todos os brasileiros dignos deste nome sentiremos quando um filhote da ditadura estiver exibindo-se ao mundo como dirigente máximo do nosso futebol; apesar de tudo isso, os protestos deveriam voltar-se contra os culpados por tais descalabros e não contra a realização do Mundial em si. Mas, mesmo atendo-me aos fatores estritamente futebolísticos, meu coração balança. Passei a meninice inteira escutando os relatos do meu pai sobre a frustração que se abateu sobre os brasileiros quando do Maracanazo, "a principal avenida do bairro deserta como um cemitério, em plena noite de domingo", etc. Não desejo isso para o nosso povo. Só que também não desejo um triunfo conquistado da pior maneira possível, com a cartilha bisonha e tacanha do técnico Felipão, que sempre encarou o futebol como guerra e não como esporte. Os 3x0 sobre a Espanha, na final da Copa das Confederações, teriam sido verdadeiramente gloriosos se o escrete não houvesse passado a partida inteira tolhendo o jogo dos adversários com faltas e mais faltas - sem violência, mas com premeditação. A deslealdade não pode virar a nossa marca registrada, depois de termos deslumbrado o mundo com a beleza pura que se irradiava das chuteiras imortais. Terão brotado ervas daninhas à sua sombra (*)? No último sábado, o treinador fez soar novamente os tambores tribais, ao cobrar dos seus comandados que fizessem mais faltas - com a maior sem-cerimônia, como se este fosse um recurso normal, admissível e desejável. Consequentemente, contra o patético selecionado do Panamá os brasileiros cometeram O DOBRO de faltas dos adversários, sem a mínima necessidade, pois não encontraram resistência nenhuma. Quantas cometerão ao enfrentarem a Alemanha ou a Argentina? Uma por minuto?! Quanta pequenez! Que terrível estreiteza mental! De que adiantou livrarmo-nos do discípulo Dunga, se o seu substituto acabou sendo o mestre Felipão? O primeiro, pelo menos, nunca gritou "Pega! Pega! Pega!", mandando seus jogadores agredirem covardemente um adversário, como o segundo fez numa final de Paulistão (o obediente Paulo Nunes cumpriu a ordem, escoiceando Edílson pelas costas). Infelizmente, um fracasso reforçará nosso complexo de vira-latas; e um triunfo, a síndrome de pitbulls. Qual é pior? Meu coração balança. * alusões ao livro À sombra das chuteiras imortais, uma coletânea de crônicas de Nelson Rodrigues. ** Celso Lungaretti é jornalista, escritor e ex-preso político: http://naufrago-da-utopia.blogspot.com Mais sobre Copa do Mundo Nosso jornalismo precisa da sua assinatura
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Nelson Rodrigues PT Copa do Mundo 2014 FIFA seleção brasileira Fórum luiz felipe scolari dunga

Temas

Esporte
ARTIGOS MAIS LIDOS
1

Claudio Sales e Eduardo Müller Monteiro

MP 1.300/2025: a conta de luz e a enorme responsabilidade do Congresso

2

Cláudio Castello de Campos Pereira

O silêncio do Congresso diante da violência da saúde suplementar

3

Paulo Porto

Sistema de transportes regulado garante segurança aos usuários

4

Rosana Valle

O que o PT quer calar, o povo precisa ouvir

5

Célia Xakriabá

As mudanças climáticas como violência contra as mulheres

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES