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Reduzir a própria rejeição ou aumentar a do outro. Essa é a tática

Lulistas e bolsonaristas partem para o ataque visando aumentar a rejeição do adversário e reduzir a dos seus candidatos

Rudolfo Lago

Rudolfo Lago

13/10/2022 | Atualizado às 14:56

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Lulistas e bolsonaristas vão ao ataque para tentar aumentar rejeição do adversário e diminuir a de seus candidatos.

Lulistas e bolsonaristas vão ao ataque para tentar aumentar rejeição do adversário e diminuir a de seus candidatos.
As redes sociais estão sendo entupidas nos últimos dias de postagens nas quais os bolsonaristas tentam pregar em Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, os piores adjetivos possíveis. E de postagens nas quais os lulistas tentam, da mesma forma, pregar em Jair Bolsonaro, do PL, os piores qualificativos. Há, inclusive, alguma semelhante em alguns conteúdos. Ambas os grupos têm postado mensagens com a seguinte pergunta: "O que (o adversário) fez para você". Então, no caso dos bolsonaristas, a postagem busca associar Lula com o mensalão, o petrolão, o assassinato de Celso Daniel, etc. E as mensagens lulistas associam Bolsonaro com irregularidades na compra de vacinas, as mortes pela covid-19, os apartamentos comprados com dinheiro vivo, etc. Há muito de distorção e falsidade nessas postagens em uma campanha que vai ficando mais pesada à medida que avança para o final do segundo turno. Mas um marciano que pousasse agora por aqui poderia imaginar que o Brasil resolve o seu destino entre o sujo e o mal lavado, ignorante que seria das demais coisas que estão em questão, acima de todas o risco à sobrevivência da nossa democracia. Veja o comentário em vídeo: O que orienta essa troca de acusações mútuas entre os dois candidatos é que, por diversas razões, temos uma eleição a ser definida por dois candidatos que têm taxas altas de rejeição. De acordo com a pesquisa do Ipec divulgada no início da semana, a taxa de rejeição de Lula é de 42% enquanto aqueles que afirmam que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum soma 48%. Tivemos um primeiro tuno no qual mais de 90% daqueles que saíram de casa para votar escolheram ou Lula ou Bolsonaro. Ou seja, é muito pequena a margem que os dois candidatos no segundo turno têm para trabalhar. Eles precisam ou animar o voto agora daqueles que no primeiro turno se abstiveram, tentar conquistar ou pouquíssimos votos de quem escolheu outros candidatos no primeiro turno ou tentar conseguir - o que pode parecer difícil mas não é impossível - convencer alguém que votou no adversário no primeiro turno a mudar de ideia agora. Há muito trabalho nesse sentido. Especialmente procurando agora explorar os maiores nichos de rejeição que têm cada um. Com a ajuda de Marina Silva, da Rede, Lula vem tentando trabalhar para reduzir a rejeição entre os evangélicos. Há uma parte grande das postagens nas redes sociais que tenta estabelecer como pouco cristãs algumas das atitudes de Bolsonaro - o discurso de ódio, o uso de fake news, a falta de tolerância. Visa especialmente ir em busca dos evangélicos de segmentos mais tradicionais, mais refratários à mistura entre religião e política. Um argumento que tem sido usado nesse sentido usa trechos da Bíblia citados nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, no qual líderes judeus buscavam instar Jesus Cristo a se aliar à insatisfação que havia quanto à cobrança de impostos pelos romanos. Cristo pega, então uma moeda, com a efígie do imperador romano Júlio Cesar, dizendo: "Dai a Cesar o que é de César, dai a Deus o que é de Deus". Ou seja, religião e política não devem, conforme a parábola, se misturar. Embora não envolva evangélicos, o episódio da quarta-feira (12) na missa de Nossa Senhora Aparecida deve ser explorado. Bolsonaristas agrediram jornalistas, fieis e o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes. Na missa, Brandes afirmou que produzir fake news não era uma atitude de Deus, era pecado. No caso, é pecado tanto para católicos quanto para evangélicos. Tais episódios, se não virarem votos evangélicos, pelo menos podem ajudar a consolidar votos católicos. A confusão em Aparecida fez com que a cúpula da campanha de Lula avaliasse que foi certa a decisão de evitar no feriado uma agenda religiosa. Enquanto isso acontecia em Aparecida, Lula fez um grande comício em Salvador, buscando reforçar ali a sua grande votação. Mas não é somente Lula que agora trabalha para tentar amenizar suas rejeições. Bolsonaro escalou sua mulher, Michelle, a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves e deputadas federais do campo da direita para um tour por cidades das regiões Norte e Nordeste. No início da semana, elas estiveram no Norte. Na sexta-feira (14) e no sábado (150, terão agenda em várias cidades do Nordeste. Intitulam-se "Mulheres por Bolsonaro". O périplo tem dois propósitos claros: reduzir a rejeição de Bolsonaro no Nordeste e reduzir a rejeição entre as mulheres. Pelo resultado do primeiro turno, é uma questão matemática que a tarefa de Bolsonaro a essa altura é maior que a de Lula. Mas não se trata de uma missão impossível. A rejeição de Bolsonaro já foi maior. Em alguns momentos no primeiro turno, pesquisas a mostravam acima de 50% (e quem tem rejeição de mais da metade das pessoas, por óbvio não tem como vencer uma eleição em dois turnos). O jogo agora, então, une suavidade e brutalidade. Suavidade para convencer eleitores, brutalidade com o adversário.
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