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Comentário do dia: Debate parece carimbar o passaporte das eleições para o segundo turno

Mau desempenho de Bolsonaro e Lula e bom desempenho das duas candidatas mulheres pode sepultar chances de eleição terminar no primeiro turno

Rudolfo Lago

Rudolfo Lago

29/8/2022 13:06

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O desempenho dos candidatos da terceira via pode sepultar a ideia de eleição definida ainda no primeiro turno. Foto: Reprodução/vídeo

O desempenho dos candidatos da terceira via pode sepultar a ideia de eleição definida ainda no primeiro turno. Foto: Reprodução/vídeo
Tudo parecia seguir às mil maravilhas o roteiro traçado pela equipe de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, até a jornalista Vera Magalhães subir ao púlpito e fazer a sua pergunta no debate entre os presidenciáveis no domingo (28) na Band. A no mínimo extremamente questionável estratégia do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, de fugir das questões sobre corrupção ia pavimentando exatamente o caminho pelo qual Bolsonaro queria trafegar. Dava a Bolsonaro a chance de trazer de volta ao debate das eleições deste ano a questão da corrupção, seu grande trunfo em 2018. Veja o comentário em vídeo: Lula não apenas nada respondia sobre os ataques que recebia como pouquíssimo atacava as próprias denúncias de corrupção contra Bolsonaro. Tocou de leve na questão das vacinas. Nada disse sobre a corrupção no Ministério da Educação. A questão das rachadinhas ficou fora do debate. Enquanto Lula parecia se comportar como se fosse mero espectador, Bolsonaro o chamava de "ex-presidiário" e dizia que os governos do PT foram uma "cleptocracia". Mas, então, Vera subiu ao púlpito e o ponto central do debate tornou-se a questão feminina. É impressionante que 95 depois de Alzira Soriano ter sido eleita prefeita de Lages (RN) em 1927 mulheres ainda sejam tratadas da forma como Bolsonaro as tratou. A partir daí, Bolsonaro perdeu feio o debate. E quem o fez perder feio não foi seu principal adversário, Lula. Foram as mulheres. As duas candidatas à Presidência, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), Vera Magalhães e as demais jornalistas que fizeram depois perguntas. Lula até poderia dizer que nada perdeu com sua postura passiva diante do desastre misógino que Bolsonaro protagonizou. Mas o problema é que, se ele voltava a projetar uma chance de vencer a eleição no primeiro turno depois do ótimo desempenho que teve na semana passada na sabatina do Jornal Nacional, essa chance parece ter se esvaído agora. Quando Bolsonaro atacou Vera Magalhães, as duas mulheres na disputa cresceram para cima dele. Lembrando da recente história do youtuber que atacou Bolsonaro no cercadinho, Soraya Thronicke disse que Bolsonaro era "tchutchuca" com os homens e "tigrão" com as mulheres. Simone Tebet disse com todas as letras que "não tinha medo" de Bolsonaro. Que usou contra ela justamente todo o seu arsenal de argumentação machista, dizendo que as reclamações da candidata do MDB eram "mimimi" e que sua postura era "vitimismo". Se Bolsonaro tem problemas de rejeição entre as mulheres, se é considerado misógino e machista, o debate rendeu uma série de motivos para que se acredite que essas impressões de fato nada têm de injustas. No bloco seguinte, Bolsonaro tentou consertar o estrago tentando voltar ao tema para dizer o que seu governo fizera em favor das mulheres. Ele poderia ter escolhido para debater o tema tanto Simone quanto Soraya. Preferiu escolher Ciro Gomes. E protagonizou aí o momento mais vexaminoso do debate. Dois machos alfa falando de mulheres. A explícita e lamentável misoginia de Bolsonaro fez com que Simone Tebet e Soraya Thronicke brilhassem no debate. Também não se pode considerar que Ciro Gomes tenha ido mal. E esse pode ser o grande prejuízo do estilo "cara de paisagem" adotado por Lula. As últimas pesquisas de intenção de voto têm mostrado Lula estacionado e Bolsonaro tendo pequeno crescimento. Por essas pesquisas, a vantagem de Lula sobre Bolsonaro já estaria abaixo de dez pontos percentuais. Os candidatos que melhor desempenho tiveram no debate foram exatamente os candidatos da tal terceira via, que não decola. ´ É muito difícil a essa altura que Simone e Soraya, e mesmo Ciro Gomes que aparece mais bem posicionado, consigam reverter tão vertiginosamente seus desempenhos a ponto de figurarem como opção para o segundo turno. Mas eles poderão ter melhora após o debate. E qualquer melhora que tenham distancia a eleição da possibilidade de terminar no primeiro turno. A não ser que Lula tenha desistido da ideia de resolver logo tudo na primeira volta - o que pode ser perigoso, porque segundo turno é outra eleição -, o seu jogo pelo empate poderá ter sido uma derrota.
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