Em meio a especulações no União, Moses Rodrigues defende 'cautela'

Diante do cenário de especulações sobre a eleição 2026, o deputado federal cearense Moses Rodrigues (União) adota uma postura de cautela ao abordar o futuro de seu partido, que está no centro das discussões no Ceará e no Brasil. Durante um evento sobre Educação na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) nesta sexta-feira (13), o parlamentar defendeu a necessidade de "prudência e calma" em relação a quaisquer decisões sobre alinhamentos, especialmente diante do processo de federação em andamento entre o União Brasil e o Progressistas (PP). 

A principal justificativa para essa postura é a iminente formalização da federação, cuja aprovação do estatuto estaria pré-marcada para 9 de julho, aguardando posterior homologação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  

Moses Rodrigues enfatizou que, uma vez concretizada, a união resultará no maior partido do Brasil, tornando crucial que todas as definições políticas no Ceará e em nível nacional sejam precedidas por discussões abrangentes. Ele ressaltou a importância de ouvir deputados, suplentes e lideranças tanto do PP quanto do União Brasil para debater a chapa proporcional e avaliar os projetos para o próximo pleito. 

Discussões majoritárias 

Questionado sobre a recente filiação do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio ao União Brasil, Moses Rodrigues disse ser "um quadro importante no estado do Ceará".  

Contudo, o deputado evitou aprofundar-se nas implicações dessa adesão para as aspirações de Roberto Cláudio, reiterando que qualquer avaliação mais profunda sobre pré-candidaturas, como a de governador, dependerá da conclusão e homologação da federação partidária. Ele insistiu que o momento exige discussões internas aprofundadas sobre os rumos do grupo político para 2026. 

No que tange aos seus próprios planos, Moses Rodrigues afirmou que seu foco principal é a busca pela reeleição para a Câmara dos Deputados. Essa intenção, no entanto, permanece condicionada às deliberações internas do novo bloco partidário.  

A prudência defendida pelo deputado contrasta com o desejo expressado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, de atrair o União Brasil para a base aliada do Governo do Ceará, aproveitando a aliança local do PT com o PP e a presença do União em ministérios federais.  

Por outro lado, Roberto Cláudio já havia se posicionado afirmando que a federação União Brasil-PP estaria, nacionalmente e no Ceará, contra o PT.