Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. CCJ rejeita projeto que descriminaliza aborto

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

CCJ rejeita projeto que descriminaliza aborto

Congresso em Foco

9/7/2008 | Atualizado às 19:14

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou, na tarde desta quarta-feira (9), o projeto que descriminaliza o aborto. Com apenas quatro votos contrários, os membros da Comissão votaram a favor do parecer do relator do projeto e presidente da CCJ, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é contra a descriminação do aborto praticado por gestantes ou com seu consentimento.

O projeto 1135/91, que está na Casa há 17 anos e tem outros projetos apensados, foi considerado pela CCJ como inconstitucional, pois fere, de acordo com a posição da Comissão, em especial, o direito à vida. A matéria, que foi rejeitada em maio pela Comissão de Seguridade Social da Câmara, por 33 votos a zero, segue agora para plenário.

Com mais de duas horas de discussão, o parecer do relator foi aprovado após serem rejeitados dois pedidos de adiamento das votações impetrados pelo PT. Empenhados em rejeitar o projeto que defende que o aborto não seja crime, parlamentares da Frente Parlamentar Evangélica e deputados ligados ao Movimento Pró-vida contaram com a relatoria do evangélico Eduardo Cunha. A estratégia, de acordo com o advogado da Frente, Paulo Fernando Melo da Costa, é que a matéria chegue enfraquecida ao plenário.

Manifesto

Em meio às discussões, os deputados Carlos William (PTC-MG), ligado à bancada evangélica, Miguel Martini (PHS-MG), do grupo dos católicos, e Luiz Carlos Bassuma (PT-BA), que representa os interesses da religião espírita, fizeram uma manifestação contra o aborto.

De uma caixa de papelão de pouco mais de um metro de altura, Carlos William retirou duas bonecas e um pequeno caixão branco, enquanto os outros dois parlamentares exibiam cartazes com imagens de aborto. Segundo William, a manifestação seria para mostrar as conseqüências da prática.

“Se a mulher não pode ter o filho, porque não usa anticoncepcional ou se abstém do ato sexual?”, argumentou William. “Vocês querem matar essas crianças?!”, bradou o parlamentar mostrando as duas bonecas.

Contrário ao parecer do relator, o deputado Regis de Oliveira (PSC-SP), que presidia a sessão, defendeu a constitucionalidade do projeto. Regis foi uma das “surpresas” para os deputados que compõem a Frente Evangélica e esperavam um parecer favorável do deputado paulista.

“Não posso permitir que o Estado tome decisão pela mãe. Também não consigo acreditar que, no caso de uma eventual descriminação, as mulheres vão começar a fazer aborto discriminadamente. Minha consciência é contra o aborto. Mas como legislador não posso substituir a decisão soberana da mulher”, defendeu.

Embate

Em defesa de descriminação do aborto, o deputado José Genoíno (PT-SP) reclamava da falta de debate sobre o tema. Genoíno, que encabeçou a estratégia de adiar a apreciação da matéria, disse que o assunto não pode ser objeto de discriminação de religiosos nem fruto de disputas eleitoreiras.

“O Estado não pode criminalizar a mulher, para que ele se exima de responsabilidades. Não é correto o Estado decidir sobre a vida da mulher”, disse. “E não há um projeto sequer que criminaliza o homem que influencia a mulher a cometer o aborto”, complementou.

Como estratégia, os deputados contrários à matéria chamaram a deputada Solange Amaral (DEM-RJ), candidata à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, para argüir contra a descriminação do aborto. Solange foi uma das figuras-chave. Por ser candidata às eleições de outubro, a única mulher entre os votantes da Comissão argumentou contra o aborto, o que irritou parlamentares e militantes favoráveis à descriminação.

“O aborto não é o caminho. Encaminho voto favorável ao parecer do relator e defendo que o projeto seja arquivado. Quem quiser defender o aborto que apresente outros projetos”, disse Solange. (Renata Camargo)

Atualizada às 15:15

Leia também:

Relator antecipa leitura de relatório anti-aborto

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Convenção da ONU sobre deficientes é promulgada

STF deve julgar pedido de habeas corpus para Dantas

Garibaldi cobra "moderação" da PF em operações

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

2

VÍDEO

Valdemar Costa Neto admite "planejamento de golpe", mas nega crime

3

MANOBRA NA CÂMARA

Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação

4

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

5

TRANSPARÊNCIA

Dino pede que PF investigue desvios em emendas de nove municípios

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES