A votação do relatório final da CPI dos Correios foi adiada para as 16h, por causa dos votos em separado apresentados pela senadora Heloisa Helena (Psol-AL), pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), pelo deputado Carlos Willian (PTC-MG), pelo PT e pelo PP. A comissão precisa reproduzir todos os votos e distribuí-los aos parlamentares.
No momento, o relator-geral da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), analisa as sugestões para mudanças em seu texto. As propostas como a do PT e a de Álvaro Dias já estão nas mãos de Serraglio.
De acordo com o relator-adjunto deputado Maurício Rands (PT-PE) e o sub-relator de Contratos, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), ainda há expectativa de que o relator apresente um texto único, incorporando parte das mudanças sugeridas.
Serraglio já adiantou que a exclusão do termo mensalão do texto e da Visanet como fonte do valerioduto são pontos inegociáveis. Ele reafirmou que não aceita o argumento do governo de que os recursos não foram usados para o pagamento de deputados, mas para despesas de campanha.
Em relação aos indiciamentos, Serraglio lembrou que a CPI não indicia ninguém, mas apenas recomenda a abertura de processo pelo Ministério Público contra pessoas com indícios de envolvimento no esquema.
Ele acha difícil não recomendar o indiciamento do ex-ministro José Dirceu. Mas quanto à inclusão do nome do ex-ministro Luiz Gushiken, admite que pode ser revista. Ele informou que técnicos da comissão estão analisando o grau de envolvimento de Gushiken com o mensalão para verificar se é possível excluí-lo da lista.