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Congresso em Foco
26/3/2009 18:26
Daniela Lima
A proprietária da loja mais luxuosa do país foi presa hoje (26), após ser condenada pela Justiça de São Paulo a 94,5 anos de prisão por formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho. A sentença contra Eliana Tranchesi, dona da Daslu, foi expedida ontem. Além dela, outras seis pessoas envolvidas em esquema de sonegação fiscal de mercadorias importadas vendidas na butique tiveram a prisão decretada.
A defesa de Eliana classificou a prisão da empresária de excêntrica e disse que vai recorrer da decisão. A advogada da dona da Daslu, Joyce Roysen, sustentou, em nota à imprensa, que a decisão da 2ª Vara da Justiça Federal, em Guarulhos, ainda pode ser alvo de recurso. "Consideramos absolutamente injusta e desprovida de racionalidade a condenação de Eliana Tranchesi", defendeu.
Uma das estratégias da defesa para solicitar que a empresária aguarde julgamento de recurso em liberdade é apresentar laudo médico que confirme que Eliana sofre de um câncer em estágio avançado.
A condenação de Eliana e das outras seis pessoas, inclusive seu irmão, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, é resultado de denúncia do Ministério Público Federal (MPF). O procurador do caso, Matheus Baraldi Magnani, afirmou que a empresário criou uma organização criminosa. "Trata-se de um grupo articulado, muito confiante em sua condição social, nos contatos políticos e em seus padrinhos", afirmou o procurador, à Folha On Line.
Segundo Magnani, Eliana não teria direito a recorrer da sentença em liberdade por fazer parte de uma organização criminosa que teria continuado a cometer crimes financeiros mesmo depois de o MPF oferecer denúncia à Justiça.
Na sentença, a juíza Maria Isabel do Prado, destacou que as importações fraudulentas deixaram de ser feitas em São Paulo e foram deslocadas para a região Sul do país. O procurador do caso não descarta a possibilidade de que outras pessoas ainda sejam acusadas de envolvimento nos crimes pelos quais a dona da Daslu foi condenada.
Das sete pessoas que tiveram a prisão decretada pela Justiça, quatro ainda não foram presas. Roberto Fakhouri Junior (da importadora Kinsberg) está fora do país, e André Beukers (Kinsberg), Rodrigo Nardy Figueiredo (Todos os Santos) e Christian Polo (By Brasil) ainda não foram localizados.
Além de Eliana e seu irmão, Antonio Carlos; Celso de Lima, da importadora Multimport também foi preso.
O calvário do luxo
O calvário da mulher que é proprietária da loja mais requisitada pelas ricas e famosas do Brasil começou em 2005, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Narciso. No entanto, o MPF só pediu a condenação do grupo ligado a Eliana em abril do ano passado, quando as investigações foram concluídas. Segundo o procurador Magnani, a fraude pode chegar ao valor de R$ 1 bilhão.
Eliana e o irmão foram condenados pela Justiça paulista a 94,5 anos de prisão. Já para Celso de Lima, a pena estipulada foi de 53 anos. André Beukers, foi condenado a 25 anos; Christian Polo a 14 anos; e Roberto Fakhouri Junior e Rodrigo Nardy Figueiredo receberam 11,5 anos cada. Apesar das prisões, a Daslu está aberta.
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