A Superintendência da Polícia Federal (PF) de São Paulo afirmou hoje (14) que a reportagem de capa dessa semana da revista Veja traz declarações "levianas e fantasiosas". A matéria "Um enigma chamado Freud" acusa o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de participar de uma operação para blindar o presidente Lula dos efeitos do escândalo da compra de um dossiê contra candidatos tucanos.
"A Polícia Federal em São Paulo vem a público dizer serem levianas e fantasiosas as informações que acusam a instituição da prática de graves ilegalidades, autorizando um encontro entre os personagens citados na matéria com o Sr. Gedimar Passos, custodiado, à época dos fatos, na carceragem da Superintendência Regional da PF em SP", diz a nota.
Além disso, o texto ainda ressalta que a matéria "apresenta relatos inverídicos e imprecisos e se baseia em manifestação anônima, supostamente escrita por 'três delegados de Polícia Federal', conduta que, se verdadeira, se mostra incompatível com o exercício da função policial".
"Igualmente mentirosa é a versão que o Superintendente da PF em SP, delegado Geraldo José de Araújo, teria recebido telefonema do exmo. sr. ministro da Justiça, indagando-o sobre eventual 'respingo no presidente'. Tal fato nunca ocorreu", relata a nota.
Por fim, a PF alerta "sobre a total improcedência das ilações, inclusive diante de provas documentais, a revista Veja optou por tentar criar fatos para sustentar sua versão fantasiosa".
"O Departamento de Polícia Federal não pratica e não admite a prática de ilegalidade, constituindo-se em 'Polícia de Estado', voltada unicamente ao combate à criminalidade e à garantia da ordem pública e da segurança da sociedade brasileira e atua com o firme propósito de esclarecimento de todos os fatos apurados no desdobramento das ações relacionadas à operação sanguessuga", finaliza o documento. (Renaro Cardozo)