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Congresso em Foco
11/10/2006 | Atualizado às 21:38
Pesquisa Datafolha, divulgada hoje (11), revelou que o debate presidencial ocorrido domingo (8) na Rede Bandeirantes colocou o presidente Lula mais alguns pontos à frente do candidato tucano Geraldo Alckmin. Enquanto o petista subiu um ponto percentual, indo de 50% para 51% na preferência do eleitorado, Alckmin caiu de 43% para 40% nas intenções de voto.
Para um dos coordenadores da campanha de Alckmin no Rio Grande do Sul, o deputado eleito Júlio Cesar Redecker (PSDB), "essas pesquisas seguem um rigor científico, mas não chegam realmente a entender o voto do eleitorado".
"(As pesquisas) fazem uma fotografia da realidade que eles podem captar, mas a imagem é dinâmica", ressaltou o deputado sobre o deslize cometido pelos levantamentos realizados no primeiro turno, que davam a vitória certa de Lula no dia 1º de outubro.
Já o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), afirmou que a baixa percentagem do tucano deveu-se mais ao fato do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB) ter causado polêmica entre os aliados de Alckmin ao declarar apoio ao candidato do que o comportamento dele no debate.
"As alterações significativas virão apenas depois do amadurecimento da repercussão do debate, o início do programa eleitoral gratuito e, na seqüência, os próximos debates", destacou Heráclito, por meio da assessoria.
Pró-Lula
Contrariando os comentários dos parlamentares que apóiam Alckmin, o líder do PMDB no Senado, senador Wellington Salgado de Oliveira (MG), defendeu o resultado da pesquisa Datafolha.
"Isso reflete o tom agressivo que Alckmin adotou no discurso. Pois o povo brasileiro é cauteloso, não é agressivo", declarou o senador.
Quanto às declarações do tucano de que a pesquisa não deveria ser levada muito em conta, já que, no primeiro turno, nenhum levantamento indicou uma possibilidade real de ocorrer segundo turno na disputa presidencial, o peemedebista apenas comentou que todo estudo desse tipo apresenta margem de erro.
"O departamento de inteligência do Lula não conseguiu prever que o escândalo do dossiê pudesse provocar um segundo turno. Mas não vejo um fato novo que faça Alckmin passar Lula. Se ocorrer, se o departamento de inteligência do Lula faltar com a inteligência de novo, é melhor o Lula montar logo um departamento de burrice", ironizou o parlamentar.
Já a senadora Ideli Salvatti (SC), líder do PT no Senado, afirmou que ficou bastante empolgada com o resultado, principalmente na região Sul, em que o petista aumentou alguns pontos na preferência do eleitorado.
Em relação às afirmações de Alckmin, ela ressaltou que não era correto desqualificar assim um estudo como o realizado pelo Datafolha.
"As pesquisas para um bom leitor não representam as intenções de voto, mas a tendência que o eleitorado está seguindo, que áreas estão preocupando mais os cidadãos. Os candidatos deveriam avaliar essa tendência e tentar melhorar nesses setores que interessam mais ao eleitor", disse a senadora.
Por fim, Ideli Salvatti comentou que "essa pesquisa serviu para diminuir a empolgação em que os alckmistas saíram do debate".
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