Na terça-feira, em depoimento à CPI do Tráfico de Armas, a advogada Adriana Tellini Pedro admitiu que passava informações sobre a localização e valores em dinheiro dos próprios clientes aos integrantes do PCC. Ela confessou ter dado à facção o paradeiro de um homem que portava R$ 30 mil, como revelaram escutas telefônicas realizadas pela polícia civil de São Paulo.
Adriana disse aos deputados que fez tudo por amor a um dos chefes do PCC, identificado como Evandro e apelidado de Lobisomem. Depois das declarações, a advogada recebeu uma reprimenda do presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), por ter colocado a vida de pessoas em perigo.
Em maio, de acordo com as escutas da polícia, Adriana ligou para Eurípedes Moura Júnior, que estava preso na cadeia do Jardim Guanabara, e informou sobre um homem que acabara de sair do escritório dela com R$ 30 mil. A advogada tinha acabado de concluir um processo de partilha de bens de um casal. Numa outra conversa, a advogada passa detalhes da rotina de um cliente para um criminoso ainda não identificado.