Por oito votos a seis, o Conselho de Ética acaba de rejeitar o relatório do deputado Edmar Moreira (PFL-MG) que recomendava a absolvição do deputado José Mentor (PT-SP), acusado de ter recebido recursos do valerioduto.
O relator do processo entendeu que não havia provas contra Mentor. "Ninguém pode impor sua verdade a outros, mas os fatos investigados não são subjetivos nem foram maquiados", afirmou o deputado. Moreira concluiu que Mentor é inocente das acusações de que teria se beneficiado do esquema do empresário Marcos Valério de Souza. "Meu relatório foi feito com base em fatos absolutamente incontestáveis, reais", disse.
Esse, no entanto, não foi o entendimento do restante do Conselho. Com isso, o presidente do colegiado, Ricardo Izar (PTB-SP), indicou o deputado Nelson Trad (PMDB-MS) para relatar o processo. Trad deverá elaborar um parecer pedindo a cassação de Mentor. O novo documento será votado no prazo de duas sessões do órgão.
Mentor é acusado de ter recebido, por meio de seu escritório de advocacia, R$ 120 mil do advogado Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério na empresa 2S Participações.