Por meio de sua assessoria, o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia (PTB), divulgou nota contestando informações da reportagem publicada pela revista Istoé deste fim de semana. De acordo com a matéria, Mares Guia sacou R$ 507.134 da conta da empresa Samos Participações Ltda, de sua propriedade, e depositou na conta do empresário Marco Valério Fernandes de Souza, para pagar dívidas do então candidato ao governo de Minas Gerais em 1998, o hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB).
Na nota o ministro reafirma que apenas viabilizou financeiramente a celebração do acordo entre o tucano e seu ex-coordenador de sua campanha, Cláudio Mourão. Na avaliação dele, "atribuir essa ajuda a um suposto 'valerioduto' de recursos - como fez a reportagem de Istoé - é, portanto, leviano e totalmente infundado".
Leia trechos da nota:
"O ministro limitou-se a viabilizar financeiramente a celebração do acordo, por meio da entrega à assessoria do senador de um recibo de retirada (também conhecido como cheque avulso) endossado no verso. Esse endosso transforma o cheque avulso num documento ao portador. A documentação comprobatória da regularidade e da transparência da operação financeira já está em poder da Polícia Federal. O ministro reafirma novamente que não mantém e nem manteve relacionamento comercial ou político com o senhor Marcos Valério".
"O empréstimo foi feito de forma totalmente legal e foi regularmente quitado. Atribuir essa ajuda a um suposto 'valerioduto' de recursos - como fez a reportagem de Istoé - é, portanto, leviano e totalmente infundado", diz.
Segundo a nota, a reportagem comete erro de informação ao dizer que Mares Guia foi intimado pela Polícia Federal. "Ele não recebeu qualquer tipo de comunicação por parte da Polícia Federal, e nem poderia ter sido intimado, já que ocupa o cargo de Ministro de Estado", diz a nota.