O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), divulgou nota nesta sexta-feira para contestar as declarações do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de que a Polícia Federal ficará responsável por coibir o uso de caixa dois por partidos políticos nas eleições de 2006. O ministro afirmou que, se necessário, a PF vai usar inclusive escutas telefônicas.
"As declarações do ministro são totalitárias, arbitrárias, autoritárias e antidemocráticas", disse o senador na nota, ao ressaltar que partidos políticos devem ser fiscalizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não pela Polícia.
O parlamentar interpretou o aviso de Thomaz Bastos como uma tentativa do governo Lula de interferir na autonomia dos partidos políticos e repudiou essa possibilidade. "Qualquer interferência externa significa ato servil de organismo público para atender interesses do presidente da República e do seu ministro", afirmou o pefelista.