Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
17/3/2008 | Atualizado 18/3/2008 às 1:53
Uma decisão antecipada do Federal Reserve (ou FED, o banco central norte-americano) provocou turbulências hoje (17) em bolsas de valores de todo o mundo. Dois dias antes da reunião para reavaliar a taxa básica de juros dos Estados Unidos, o FED anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de redesconto – juros cobrados entre bancos em operações de empréstimo –, deixando-a em 3,25% ao ano.
A essência da atual crise econômica nos EUA – o envolvimento dos bancos nos créditos imobiliários de alto risco, o chamado subprime – aumentou a tensão latente instalada há meses nos mercados mundo afora. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em forte baixa (chegou à queda de 4% pela manhã). Principal índice da Bovespa, o Ibovespa registrou perdas de 3,5%, caindo a 59.810 pontos. O dólar tem ligeira valorização no dia (0,81%), cotado para a venda a R$ 1,72.
Contudo, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o país está preparado para enfrentar o desfavorável contexto econômico internacional. "O país está sólido", acredita. Sobre as comparações entre a turbulência atual e a crise de 1929, que abalou profundamente a ordem econômica dos EUA na primeira metade do século passado, Mantega disse que, hoje, "instrumentos econômicos" permitem "neutralizar" os demais prejuízos.
O principal fator do nervosismo desencadeado hoje foi a venda do banco Bear Stearns (quinto maior dos EUA) ao JP Morgan. À beira da falência, o banco foi vendido por apenas 10% de seu valor de mercado. O mercado internacional teme que a crise de crédito seja estendida a outros bancos.
Reações
Pegos de surpresa com a medida do FED, investidores consideram que o fato de ela ter sido anunciada dois dias antes da reunião, neste domingo (16), reforça a tese de que a situação econômica dos EUA é ainda mais preocupante. O FED alegou que a redução da taxa facilitaria o financiamento de instituições com escassez de recursos.
Além do anúncio de redução, o que ajudou a impulsionar o nervosismo dos mercados foram declarações do presidente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, numa conferência em Paris. Para ele, a crise financeira terá graves conseqüências e ainda deve durar um bom tempo.
As expectativas dos analistas e investidores agora estão centradas na reunião de amanhã (18) do FED. Espera-se que o banco norte-americano corte em 0,75% ponto percentual a taxa básica de juros. (Fábio Góis)
Temas
DEFESA DO CONSUMIDOR
Lula sanciona lei que cria novos direitos para clientes de bancos
RESOLUÇÃO DERRUBADA
Veja como cada deputado votou no projeto sobre aborto em crianças
PROTEÇÃO À INFÂNCIA
Governo critica projeto que suspende norma sobre aborto legal infantil