Ao final do depoimento de mais de horas que prestou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que, se for convidado pelo Senado, vai "com muita honra" explicar novamente sua participação no episódio da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Thomaz Bastos afirmou que mantém "respeito supersticioso" pelo Congresso e lembrou aos jornalistas que respondeu a todas as perguntas formuladas para ele na CCJ da Câmara.
Minutos antes, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que não se deu por satisfeito com as explicações do ministro da Justiça e, por essa razão, vai pressionar pela aprovação de seu requerimento que convoca o ministro para falar também na Casa.
"Não aceito que se tente pôr panos quentes entre o Senado e o ministro", disse. Para o tucano, Thomaz Bastos foi evasivo na hora de responder às perguntas dos deputados. Em seguida, o senador pediu que a presidência do Senado que coloque em votação, na próxima semana, a convocação do ministro.
A oposição é maioria no Senado e a ida de Thomaz Bastos deve ser aprovada com facilidade.