O diretor de Aplicação da Fundação Banco Central de Previdência Privada (Centrus), Ricardo Monteiro de Castro Melo, afirmou há pouco à CPI dos Correios que a entidade não teve prejuízos com aplicações no Banco Santos, instituição bancária que sofreu intervenção do Banco Central no final de 2004.
Em audiência da Sub-Relatoria de Fundos de Pensão da comissão, Ricardo Monteiro explicou que um dos fundos da entidade administrado pelo Banco Santos, com aporte de R$ 50 milhões, era lastreado em títulos públicos. Com a liquidação da instituição, o fundo do Centrus foi transferido para o Bradesco, mantendo seus rendimentos normais.
Antes, Ricardo Monteiro esclareceu aos parlamentares a composição da carteira da Centrus. Segundo ele, o fundo de pensão não recebe qualquer aporte de recursos e divide uma parte dos recursos para aplicação em renda variável e outra em renda fixa. Outra parte fica para ativos e imóveis.
"Nossa carteira é muito simples, não há nenhum tipo de investimento que gere muita dúvida. Só temos fundos de renda fixa compostos por títulos públicos e uma pequena margem para que eles possam fazer operações no mercado futuro", afirmou.
O fundo está sendo investigado por supostas operações fraudulentas com títulos públicos e ainda em processos abertos pelo Ministério Público Federal, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Polícia Federal.
A reunião da sub-relatoria prossegue na sala 19 da ala Alexandre Costa, no Senado.