O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), anunciou há pouco que o partido vai pedir à Comissão de Ética da Presidência da República que investigue o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O ministro depõe neste momento na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara sobre a violação do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O pefelista disse estar convicto de que Bastos violou o código de conduta do servidor público em pelo menos dois momentos nesse episódio.
O primeiro indicativo, segundo ele, é o fato de dois assessores de Bastos, Daniel Goldberg e Cláudio Alencar, terem "orientado" o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que buscava uma forma de "destruir o caseiro". O segundo, apontou o líder do PFL, é o fato de Bastos ter indicado o advogado criminalista Arnaldo Malheiros e tê-lo apresentado a Palocci.
"O ministro Márcio Thomaz Bastos mente quando diz que ´queimou as pontes´ com a iniciativa privada. Ele não queimou, tanto que apresentou o advogado ao ministro Palocci", disse Maia.