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POLÍTICA MONETÁRIA
Congresso em Foco
13/5/2025 9:33
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (13), confirma que a elevação da taxa Selic para 14,75% ao ano, decidida na semana passada, responde a um cenário inflacionário considerado persistente e disseminado. Segundo o Banco Central, o contexto atual requer manutenção da política monetária em nível contracionista por um período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.
O documento aponta como principais fatores de pressão:
Inflação acima da meta
As projeções de inflação atualizadas pelo Copom para os próximos dois anos reforçam a gravidade do cenário. No cenário de referência, que considera taxa de câmbio partindo de R$ 5,70/US$ e juros projetados pela pesquisa Focus, o IPCA deve fechar:
IPCA (cheia) | 4,8% | 3,6% |
IPCA - Livres | 5,3% | 3,4% |
IPCA - Administrados | 3,5% | 4,0% |
Além disso, o Focus mostra expectativas de inflação de 5,5% (2025) e 4,5% (2026) ambas acima do teto da meta (4,5%), o que indica perda de confiança do mercado no controle inflacionário no médio prazo.
"Ambientes com expectativas desancoradas aumentam o custo de desinflação", alerta o Copom, ao justificar a necessidade de juros elevados por mais tempo.
Política monetária já impacta a economia
Segundo o Copom, a política de aperto monetário iniciada em setembro do ano passado com seis elevações seguidas da Selic, totalizando alta de 4,75 pontos percentuais já começa a mostrar seus efeitos, ainda que moderados. O Banco Central vê sinais de moderação no crédito, no consumo e nas contratações, e avalia que esses efeitos devem se intensificar nos próximos trimestres, devido às defasagens naturais da política monetária.
"A política monetária significativamente contracionista já tem contribuído e seguirá contribuindo para a moderação do crescimento", diz o documento.
Ambiente global e incertezas internas agravam o quadro
O Copom também destacou o ambiente externo adverso, em especial a política tarifária dos Estados Unidos, que impôs novos riscos à economia global, dificultando previsões sobre crescimento e inflação. A combinação entre inflação elevada e desaceleração econômica nos EUA amplia a volatilidade dos ativos e impõe desafios adicionais à condução da política monetária brasileira.
No campo interno, o Comitê ressaltou que a condução da política fiscal e as incertezas sobre a dívida pública continuam pesando sobre as expectativas e o câmbio. Uma deterioração fiscal ou medidas que elevem o risco percebido pelos agentes podem exigir juros neutros mais altos, comprometendo a eficácia da política monetária.
Sem sinal claro sobre os próximos passos
A ata não trouxe indicações definitivas sobre os próximos movimentos do Copom. O Comitê reconhece que o ciclo de ajuste está avançado e seus efeitos ainda não foram plenamente sentidos, o que exige "cautela adicional" e flexibilidade nas próximas decisões.
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 17 e 18 de junho. O mercado se divide entre expectativa de manutenção da Selic em 14,75% e uma possível nova alta de 0,25 ponto percentual.
"A calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pela convergência da inflação à meta, dependendo da dinâmica dos preços, expectativas, hiato do produto e balanço de riscos", conclui o Comitê.
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