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REVIRAVOLTA NO SENADO

CCJ aprova fim da reeleição com redução do mandato de senador

Após pressão, relator desiste da ideia de aumentar mandato no Senado para dez anos. Texto aprovado prevê cinco anos para todos os cargos e eleições unificadas.

Congresso em Foco

21/5/2025 | Atualizado às 16:10

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A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (21), uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera o sistema político-eleitoral brasileiro. A medida extingue a possibilidade de reeleição para presidente, governador e prefeito, amplia os mandatos políticos e unifica todas as eleições, que passarão a ocorrer a cada cinco anos a partir de 2034.

Em uma reviravolta, a CCJ recuou da ideia de aumentar o mandato dos senadores de oito para dez anos e, em vez disso, aprovou sua redução para cinco anos. Para viabilizar a unificação dos pleitos, o período no Senado precisaria ser de cinco ou dez anos. As novas regras não valerão para políticos atualmente no exercício do mandato e seguirão um cronograma de transição (veja mais abaixo).

Carlos Portinho: mandato de dez anos seria jabuticaba brasileira.

Carlos Portinho: mandato de dez anos seria jabuticaba brasileira.Jefferson Rudy/Agência Senado

De autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), a PEC 12/2022 foi relatada por Marcelo Castro (MDB-PI) e aprovada com substitutivo. O texto ainda será analisado pelo plenário do Senado e, depois, pela Câmara dos Deputados. Ao final da reunião, Kajuru reivindicou que a emenda constitucional leve o seu nome.

Inicialmente, o relator rejeitou todas as emendas e manteve a proposta de mandato de dez anos para senadores. No entanto, após pressão de parlamentares como Carlos Portinho (PL-RJ) e Eduardo Girão (Novo-CE), a comissão reviu o texto-base e aprovou a redução para cinco anos. "Em nenhum lugar do mundo o mandato de senador é de dez anos. Será uma jabuticaba brasileira", criticou Portinho. Segundo ele, uma década seria um tempo excessivo.

Castro reconheceu que o tema era polêmico e se mostrou disposto a discutir o parecer. Ainda assim, citou exemplos internacionais para justificar sua posição: "Há uma regra universal de que o mandato de senador é maior do que o de deputado". Segundo o relator, apenas a Itália adota mandatos de cinco anos tanto para deputados quanto senadores. Já na Alemanha e no Canadá, os senadores podem permanecer por tempo indeterminado por serem indicados pelos estados.

Entenda as mudanças aprovadas

Fim da reeleição para cargos do Executivo

Presidente, governadores e prefeitos não poderão disputar reeleição.

Quem substituir o titular nos seis meses anteriores à eleição também ficará inelegível.

Exceção: os eleitos em 2024 (prefeitos) e 2026 (presidente e governadores) ainda poderão se reeleger.

A regra vale integralmente a partir das eleições de 2028 (prefeitos) e 2030 (presidente e governadores).

Unificação das eleições

Todas as eleições municipais, estaduais e federais serão realizadas na mesma data, a cada cinco anos.

Acaba o sistema atual de eleições a cada dois anos, intercalando pleitos municipais e gerais.

Mandatos de cinco anos para todos os cargos eletivos

Presidente da República

Governadores e prefeitos

Deputados federais, estaduais e distritais

Vereadores

Senadores (com renovação total a cada cinco anos)

Regras de transição

Prefeitos e vereadores eleitos em 2028 terão mandatos de seis anos.

Presidentes e governadores eleitos em 2026 e 2030 terão mandatos de quatro anos.

A partir de 2034, todos os mandatos terão cinco anos.

Senadores eleitos em 2026: 8 anos; em 2030: 9 anos; em 2034: 5 anos.

Mesas Diretoras da Câmara e do Senado

Mandatos de 3 anos na primeira metade da legislatura e de 2 na segunda. Hoje o mandato é de 2 anos.

Fica proibida a recondução imediata ao mesmo cargo.

Mudança na data da posse

Presidente: 5 de janeiro

Governadores: 6 de janeiro

Entre os principais argumentos usados pelo relator em favor da proposta, estão:

  • Desestímulo ao uso da máquina pública para fins eleitorais.
  • Economia com eleições e campanhas.
  • Renovação política mais frequente, sem que governantes usem o cargo para buscar reeleição.
  • Maior clareza para o eleitorado, com todas as escolhas políticas feitas de uma só vez.

A proposta segue agora para o plenário do Senado, onde precisará do apoio de 49 dos 81 senadores em dois turnos. Se aprovada, será encaminhada à Câmara dos Deputados, onde também deverá ser aprovada em dois turnos por 3/5 dos parlamentares.

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