Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Economia
Congresso em Foco
26/6/2025 18:42
O governo registrou diminuição no déficit primário em maio, quando o valor ficou em R$ 40,621 bilhões. Apesar de ser um mês historicamente com resultados negativos, o valor ficou 36,2% abaixo do que foi registrado em maio do ano passado, quando o déficit alcançou R$ 60,408 bilhões, já descontada a inflação.
Esse foi o quarto maior déficit para o mês de maio da série histórica, atrás apenas dos verificados em 2024, 2023 e 2020. Apesar disso, o resultado ficou bem abaixo das projeções do mercado. De acordo com a pesquisa Prisma Fiscal, do Ministério da Fazenda, a expectativa dos analistas era de um déficit de R$ 62,2 bilhões.
Mesmo com o resultado negativo em maio, o governo mantém um superávit de R$ 32,198 bilhões no acumulado dos cinco primeiros meses de 2025, o melhor desempenho para o período desde 2022. No mesmo intervalo do ano passado, havia sido registrado um déficit de R$ 28,652 bilhões.
O resultado primário mede a diferença entre as receitas e despesas do governo, excluindo o pagamento dos juros da dívida pública. A meta fiscal definida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e pelo novo arcabouço fiscal é de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, o que equivale a até R$ 31 bilhões de déficit no limite inferior.
Impacto dos precatórios e previsões para 2025
Mesmo com o superávit parcial, está previsto para julho o pagamento de R$ 70 bilhões em precatórios, que são dívidas do governo reconhecidas pela Justiça. Neste ano, o governo já havia antecipado parte desses pagamentos em fevereiro.
Segundo o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, o Orçamento de 2025 projeta um déficit primário de R$ 97 bilhões. Considerando apenas as despesas dentro do arcabouço fiscal, a estimativa é de déficit de R$ 31 bilhões, o que corresponde ao limite inferior da meta do arcabouço fiscal,. Isso deve-se ao fato de que os R$ 45,3 bilhões em precatórios são excluídos do cálculo.
Crescimento de gastos com BPC
Desconsiderando os custos com a tragédia climática no sul do país, o principal fator de aumento das despesas foi o reajuste para os servidores públicos, que elevou os gastos com pessoal em 10,4% acima da inflação.
Já as despesas com a Previdência Social caíram 3,4% em termos reais, reflexo da antecipação de pagamentos no ano anterior devido às enchentes. O Benefício de Prestação Continuada (BPC), por sua vez, teve aumento real de 6,6%, impulsionado pela ampliação de beneficiários e a valorização do salário mínimo, ainda que o impacto tenha sido suavizado por antecipações feitas em 2024.
Outras despesas obrigatórias com controle de fluxo, como programas sociais, caíram 7,3% em termos reais. Os gastos com saúde recuaram R$ 1,7 bilhão e com o Bolsa Família, R$ 1,1 bilhão, o qual passa por constante revisão cadastral.
Temas
LISTA DE VOTAÇÃO
Aumento de deputados
Senado aprova aumento do número de deputados federais de 513 para 531
Prêmio Congresso em Foco