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Entrevista
Congresso em Foco
2/7/2025 15:16
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, afirmou que a atual política comercial dos Estados Unidos rompe com a tradição de multilateralismo e livre comércio historicamente associada ao país. A declaração foi feita em entrevista, na qual o dirigente analisou os impactos globais das medidas protecionistas adotadas durante o governo do presidente Donald Trump.
Segundo Viana, a imposição de tarifas e medidas retaliatórias representa uma mudança de postura da maior economia do mundo. "O governo dos Estados Unidos está agindo o contrário do que sempre agiu. Foi o governo do multilateralismo, do livre comércio, e agora o governo Trump adota uma medida de retaliar, de criar um ambiente com tarifas que o mundo já tinha deixado para trás", afirmou.
Ele destacou que, embora essas medidas não sejam positivas para o cenário internacional, o fortalecimento de acordos comerciais entre outros blocos econômicos pode gerar efeitos benéficos. Viana defendeu a criação do que chamou de "maior mercado de livre comércio do mundo", com a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia. "Isso vai ser bom para todo mundo, inclusive para a França, que tem um posicionamento com questões internas contrárias", pontuou.
Ao mencionar o papel da Europa, o presidente da Apex ressaltou que o bloco europeu representa um dos principais destinos das exportações brasileiras. "A Europa, se fosse um país, seria o segundo grande parceiro comercial do Brasil", afirmou. Ele também observou que o continente é uma das principais fontes de investimento estrangeiro no país.
Em outra frente, Jorge Viana destacou a importância da presidência simultânea do Brasil em dois blocos multilaterais BRICS e Mercosul como fator político relevante para a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Segundo ele, a liderança brasileira pode impulsionar as tratativas em um momento considerado estratégico.
"O Brasil está acumulando duas importantes presidências: uma dos BRICS e, essa semana, o presidente assume a presidência do Mercosul", declarou. Para Viana, essa condição pode contribuir para criar um ambiente favorável ao desfecho das negociações com a União Europeia.
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