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MUNDO
Congresso em Foco
24/7/2025 13:59
Dois dos Estados com maior peso na balança comercial entre Brasil e Estados Unidos, Texas e Flórida, estão entre os mais prejudicados pelas tarifas anunciadas por Donald Trump contra produtos brasileiros. A medida, que entra em vigor no dia 1º de agosto, impõe obstáculos justamente a redutos eleitorais fundamentais para os Republicanos, partido do presidente.
De acordo com dados do Departamento do Censo dos Estados Unidos, reunidos pela Consultoria Legislativa do Senado Federal, quase metade das exportações brasileiras para os EUA foi destinada em 2024 a três Estados: Califórnia, Texas e Flórida. Os dois últimos têm governadores republicanos e maioria do partido tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado.
Na Flórida, o setor aeroespacial será o mais afetado: o estado conta com uma planta industrial da Embraer na cidade de Melbourne, que depende de peças fabricadas no Brasil para montagem das aeronaves, aumentando o custo de operação com as tarifas. O estado é governado pelo republicano Ron DeSantis. Uma de suas duas cadeiras no Senado é do Republicanos, que também controla 20 de suas 28 cadeiras na Câmara de Representantes.
Melbourne, inclusive, elegeu um republicano como deputado em 2024: a cidade fica no oitavo distrito congressional, que tem como representante Mike Haridopolos, entusitasta da política tarifária de Trump.
No Texas, segundo maior importador de produtos brasileiros, as compras incluem derivados de petróleo, aeronaves e máquinas industriais. Esses setores estão entre os mais atingidos pelas novas tarifas. O estado é governado por Greg Abbott, entusiasta da política anti-imigratória de Trump. O Republicanos conta com as duas cadeiras do Estado no Senado, bem como 25 de um total de 38 deputados.
Eleições no horizonte
A manutenção das tarifas pode refletir em desgaste político para Trump. Em 2026, os Estados Unidos terão eleições parlamentares. Hoje, o Partido Republicano mantém apenas seis cadeiras a mais que a oposição no Senado. A perda de apoio em Estados como Texas e Flórida pode comprometer a base legislativa do presidente e dificultar a aprovação de sua agenda no Congresso.
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