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Congresso em Foco
25/7/2025 | Atualizado às 15:59
A escalada de tensões entre bolsonaristas e o Supremo Tribunal Federal ganhou um novo contorno internacional nesta sexta-feira (25). Em entrevista transmitida pelo YouTube, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), podem entrar na mira de sanções do governo dos Estados Unidos. Segundo ele, ambos correm o risco de sofrer suspensão de vistos e punições políticas, caso deem continuidade ao que chamou de "respaldo ao regime".
"O Davi Alcolumbre não está nesse estágio ainda, mas certamente está no foco do governo americano. [...] E também o Hugo Motta, porque na Câmara tem a novidade da lei da anistia", declarou o parlamentar.
As falas ocorrem em meio à pressão para que o Congresso Nacional avance com o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e a aprovação de uma lei de anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo Eduardo, "se o Brasil não conseguir pautar a anistia e o impeachment de Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim".
Sanções Magnitsky e o "arsenal" de Trump
Durante a entrevista ao programa Oeste com Elas, no Youtube, Eduardo também mencionou a expectativa de que o governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, aplique a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. A medida prevê sanções contra agentes estrangeiros acusados de violar direitos humanos, como bloqueio de bens e restrições de entrada em solo americano.
"O Trump tem um arsenal na mesa dele, e pode ter certeza, ele não utilizou esse arsenal todo", afirmou. "Caso venha, talvez até hoje, quem sabe, Deus queira, a Lei Magnitsky contra o Alexandre de Moraes, esse vai ser só mais um capítulo dessa novela. Não será o último."
Críticas a aliados: Nikolas, Tarcísio e Zema
Eduardo Bolsonaro também aproveitou a entrevista para criticar aliados do campo bolsonarista, que, segundo ele, têm se mantido omissos ou adotado posturas ambíguas diante da disputa com o STF e da pressão internacional promovida nos Estados Unidos.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos alvos. Eduardo disse reconhecer o alcance do colega nas redes sociais, mas reclamou da pouca atuação dele na mobilização em torno da ofensiva contra Moraes nos EUA:
"É difícil que ele não tenha a real dimensão do que está sendo tratado aqui nos EUA [...]. Causa certa estranheza que ele tem sido pouco ativo", criticou.
Outro foco de insatisfação foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por manter o deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), que já fez críticas a Jair Bolsonaro e a ele próprio, como vice-líder do governo na Assembleia Legislativa. Em publicação recente nas redes, Eduardo ironizou: "Por que o Tarcísio mantém como vice-líder uma pessoa do MBL, um grupo que defende a minha prisão, a prisão de meu pai, a prisão de jornalistas exilados?".
Também sobrou para o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG). Após declarações em que Zema afirmou que Eduardo "criou um problema para a direita" ao comentar o tarifaço, o deputado reagiu classificando o mineiro como parte da "turminha da elite financeira".
Comitiva de senadores
Eduardo Bolsonaro também criticou a comitiva de senadores brasileiros que viajou aos EUA nesta sexta-feira (25) em busca de soluções diplomáticas para o impasse comercial gerado pelas tarifas americanas. O grupo inclui ex-ministros do governo Bolsonaro, como Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP), além do líder do governo Lula no Senado, Jacques Wagner (PT-BA). Dos oito integrantes do grupo, cinco são bolsonaristas.
Para Eduardo, a iniciativa é um "desrespeito" a Donald Trump e está "fadada ao fracasso".
As declarações de Eduardo Bolsonaro ocorrem num momento em que o bolsonarismo tenta internacionalizar sua cruzada contra o Supremo Tribunal Federal e transformar figuras como Alexandre de Moraes em alvos diplomáticos de sanções no exterior, especialmente nos Estados Unidos. A postura, no entanto, tem gerado crescente divisão dentro do próprio campo bolsonarista, com críticas públicas a aliados e ameaças veladas a quem não adere à tática de confronto total.
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