De posto Ipiranga, Guedes virou frentista do corporativismo, diz d'Ávila

O candidato do Novo à Presidência da República, Luiz Felipe d'Ávila, foi o entrevistado da Conversa com Presidenciáveis, nesta terça-feira (27). Defensor do liberalismo econômico, o presidenciável aproveitou para criticar o ministro da Economia, Paulo Guedes. "Paulo Guedes começou o governo com a pauta liberal, era o posto Ipiranga do liberalismo, e está terminando como frentista do corporativismo. Um desastre", afirmou d'Ávila. Embora o governo tenha aprovado algumas reformas importantes - como a da previdência, das startups, o marco do saneamento básico e a independência do Banco Central - o presidenciável destaca que a abertura econômica, a desregulamentação e as privatizações não saíram do papel. "Isso é uma frustração para quem acredita num governo, que como o Paulo Guedes dizia, ia fazer o Brasil se tornar um grande país liberal. Ele foi capturado pela agenda do corporativismo", completa d'Ávila. O presidenciável defendeu maiores investimentos na educação pública, com a aplicação rigorosa dos conteúdos desde a educação básica e com foco na aprendizagem do aluno. "Isso que é importante para prestarmos uma educação de qualidade que é tão importante para criarmos igualdade de oportunidades no Brasil", explicou. Felipe d'Ávila também defendeu uma pauta ambiental em que o mercado ajude o Brasil a se tornar um país carbono zero, abrindo as portas para o investimento privado. "A economia carbono zero, nós vamos plantar árvores em terras degradadas. Vai gerar renda para os que trabalham no campo, vai gerar emprego e vai fazer com que o Brasil atinja a meta de ser o primeiro país carbono zero entre as grandes economias do mundo", explicou. "O seu voto vai dizer que Brasil você está escolhendo para você, para os seus filhos, para o futuro. É o voto da consciência. Você, quando estiver na sua cabine, pense com a sua consciência, não vote com o fígado, não vote com raiva. Vote pensando no futuro do Brasil", defendeu o candidato. O presidenciável afirmou que é preciso fazer o país voltar a crescer, deixar as pessoas empreenderem e trabalharem em paz. "Nós precisamos resgatar o orgulho de ser brasileiro. É esse o poder que seu voto pode fazer. Se você votar em corrupto, não espere honestidade. Se você votar em gente incompetente, não espere um Estado eficiente, que vai prestar serviço de boa qualidade. Mas, se você votar em gente séria, competente, você vai ver que é possível transformar o Brasil. É o voto consciente que vai mudar o destino do Brasil", concluiu d'Ávila. A Conversa com os Presidenciáveis tem o apoio da Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni), do Buser e da BMJ Consultores Associados. Já foram feitas entrevistas com Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) e com André Janones (Avante), que renunciou à candidatura para apoiar o ex-presidente Lula (PT). Assista à íntegra da entrevista: