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PRESSÃO POR ANISTIA
Congresso em Foco
7/8/2025 8:59
Após encerrar a ocupação da Mesa da Câmara dos Deputados, a oposição bolsonarista intensificou sua mobilização no Senado. Desde a madrugada, parlamentares se revezam na tribuna e na Mesa Diretora da Casa exigindo que sejam pautados três temas principais: a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A permanência do protesto no Senado ocorre mesmo após reunião do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), com líderes partidários, na qual ficou decidido que uma sessão deliberativa será realizada nesta quinta-feira (7), às 11h, em formato semipresencial.
A pauta prevê a votação de matérias paradas devido à obstrução dos últimos dias, entre elas o projeto de lei 2.692/2025, que assegura a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos.
Em nota à imprensa, Alcolumbre afirmou que não aceitará "intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado" e reforçou que o Parlamento não será "refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento". Segundo ele, a prioridade é votar propostas de interesse direto da população, como a isenção do IR.
Líderes governistas confirmaram que não há qualquer possibilidade de o Senado pautar pedidos de impeachment de ministros do STF, como exige a oposição. "O presidente Davi deixou claro que o Senado não vai se curvar a chantagens, e o que está acontecendo é uma chantagem com uso da força", declarou o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso.
O senador Cid Gomes (PSB-CE) também criticou duramente a ocupação, classificando-a como um "atentado à democracia", e afirmou que a partir da próxima semana o funcionamento do plenário será retomado com normalidade. Segundo ele, Alcolumbre não mais tolerará ocupações e garantirá a continuidade dos trabalhos legislativos.
Marcos do Val
Além de ignorar as pressões da oposição, o Senado deve iniciar discussões sobre a conduta do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que está sob medidas cautelares impostas pelo STF. A Corregedoria da Casa pode recomendar à Mesa Diretora o afastamento do parlamentar por até seis meses. Há também a possibilidade de a Advocacia do Senado pedir à Suprema Corte a revisão das medidas.
Além do projeto de lei que atualiza a tabela do Imposto de Renda, considerado prioritário pela base governista, a pauta de votações desta quinta-feira inclui ainda acordos internacionais e cooperação militar com países como Finlândia e Bahrein.
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