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Congresso em Foco
12/8/2025 | Atualizado 13/8/2025 às 8:05
Em entrevista ao programa de Reinaldo Azevedo nesta terça-feira (12), o presidente Lula se manifestou sobre as negociações com os Estados Unidos pela revogação das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Questionado sobre a possibilidade de diálogo com a Casa Branca, revelou esperar "encontrar com o presidente Donald Trump e conversar como dois seres humanos civilizados, como dois chefes de Estado".
Lula disse ter sido "pego de surpresa" com a carta de Trump, publicada em 9 de julho, anunciando o pacote tarifário, tendo em vista que já havia negociações em curso a respeito da taxa anterior, de 10%. "Eu fiquei sabendo pela imprensa, de uma carta ofensiva ao Brasil com algumas inverdades."
Ele criticou os argumentos de Trump para justificar as tarifas, relembrando que a balança comercial Brasil-EUA é favorável ao lado norte-americano e que as cobranças acerca da condução do processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro violam a soberania das instituições brasileiras.
Apesar da crítica, Lula ressaltou o interesse em retomar a normalidade no relacionamento entre os dois países. "Queremos manter uma relação como nós mantemos com todo o mundo, civilizada, ordeira, em que a gente possa sentar numa mesa, como estamos eu e você aqui, e discutir as divergências comerciais", descreveu.
Ele relembrou que o presidente americano com quem manteve melhor convivência foi George Bush, outro membro do Partido Republicano, mesmo diante de divergências a respeito da segurança global, na época abalada após o atentado ao World Trade Center.
Resposta comercial
Além de falar sobre a relação com Trump, Lula também antecipou os principais pontos da medida provisória prevista para ser editada na quarta-feira (13) para lidar com o impacto econômico das tarifas.
A estratégia elaborada pelo governo consiste em quatro pontos: criação de linhas de crédito para os setores mais afetados, busca de novos compradores para esses produtos, avanço da ação contra o pacote tarifário na Organização Mundial do Comércio (OMC) e acionamento da Lei de Reciprocidade em setores que possam aumentar o poder de barganha do Brasil.
"Acho que [a medida provisória] vai ser extremamente importante para que a gente possa mostrar que ninguém fica desamparado por conta da taxação do presidente Trump, de que nós vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas", declarou.
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