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Congresso em Foco
17/8/2025 14:02
O presidente Lula voltou a criticar as sobretaxas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e afirmou que o governo vai transformar parte das perdas do setor em benefício social. Ao comentar o pacote emergencial lançado na semana passada, Lula ironizou as medidas de Donald Trump e destacou a destinação de frutas ao consumo interno.
"Não adianta o Trump taxar as uvas, porque elas vão para a merenda escolar", disse o presidente. A declaração foi dada em vídeo publicado nas redes sociais, no qual Lula planta a primeira muda de uva do tipo Vitória no pomar do Palácio da Alvorada.
Enquanto fazia o plantio, Lula afirmou esperar pela visita do colega norte-americano, Donald Trump, para que ele conheça a "qualidade do povo brasileiro".
"Isso aqui é um exemplo. Eu estou plantando comida e não plantando violência e plantando ódio. Eu espero que um dia a gente possa conversar, presidente Trump, para o senhor aprender a qualidade do povo brasileiro", disse o presidente no vídeo divulgado na noite de sábado (16).
Assista ao vídeo:
Hoje foi dia de colocar a mão na massa e plantar o primeiro pé de Uva Vitória do Palácio do Alvorada. Uva brasileira, sem semente, desenvolvida pela Embrapa.
— Lula (@LulaOficial) August 17, 2025
Aqui, a gente planta comida e não violência ou ódio.
?? @JanjaLula pic.twitter.com/tov9N5NHWo
Lula também reforçou a importância do multilateralismo nas relações internacionais.
"Queria aproveitar este sábado, em que eu estou plantando o pé de uva Vitória aqui no Palácio da Alvorada, um lugar que eu espero que um dia você possa visitar, (para que) a gente possa um dia conversar, para que você possa conhecer o Brasil verdadeiro, o Brasil do povo que gosta de samba, que gosta de carnaval, que gosta de futebol, que gosta dos Estados Unidos, que gosta da China, que gosta da Rússia, que gosta do Uruguai, que gosta da Venezuela. Nós gostamos de todo mundo", declarou.
O petista também elogiou o trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), responsável pelo desenvolvimento da uva Vitória.
Entre as ações previstas no Plano Brasil Soberano está a flexibilização das compras governamentais de alimentos perecíveis, especialmente frutas, que perderam mercado nos Estados Unidos. A medida autoriza a dispensa de licitação para agilizar a aquisição de produtos como manga e uva, os mais atingidos pelo tarifaço. Esses alimentos poderão abastecer escolas, hospitais e programas de combate à fome.
Tentativas de diálogo
Paralelamente, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, busca reabrir o canal de negociações com Washington. Questionado sobre a possibilidade de reuniões já agendadas, preferiu a cautela: "Aguardem", disse.
Nos bastidores, porém, há receio de que setores da oposição atuem contra a reaproximação. Alckmin chegou a criticar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando-o de trabalhar contra os interesses nacionais.
"Primeiro, lamentar que maus brasileiros trabalhem contra o interesse do país e de maneira injusta. Não tem parceiro melhor - o Brasil é um parceiro bom. O nosso trabalho é continuar o diálogo e continuar a negociação", declarou.
Enquanto tenta conter os efeitos da crise comercial com os Estados Unidos, Lula intensifica a agenda internacional. Até terça-feira (19), deve conversar com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Nos próximos dias, também pretende dialogar com a presidente da Comissão Europeia e líderes de outros países do bloco.
Segundo o Planalto, a estratégia é ampliar a rede de acordos comerciais, fortalecer parcerias no âmbito do G20 e do Brics e reduzir a dependência do mercado norte-americano.
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