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NINHO VAZIO

Eduardo Riedel se filia ao PP e deixa PSDB sem governadores

Saída do governador de Mato Grosso do Sul aprofunda crise do partido, que agora conta com apenas 17 parlamentares e nenhum prefeito de capital.

Congresso em Foco

19/8/2025 14:53

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O PSDB perdeu nesta terça-feira (19) o último governador que ainda restava em seus quadros. Eduardo Riedel, chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul, oficializou sua filiação ao PP durante a Convenção Nacional Ordinária do partido, em Brasília, consolidando um movimento que já vinha sendo aguardado há meses.

A mudança de Riedel encerra um ciclo histórico para os tucanos, que chegaram a governar o país por duas vezes, dominaram o cenário eleitoral por mais de duas décadas e foram protagonistas em estados estratégicos como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Agora, mergulhado em divisões internas e sucessivas derrotas eleitorais, o PSDB se vê sem nenhum governo estadual e uma bancada de tamanho modesto no Congresso, com 14 deputados e três senadores. A legenda também não emplacou nenhum prefeito em capital em 2024.

Eduardo Riedel era o último governador filiado ao PSDB.

Eduardo Riedel era o último governador filiado ao PSDB.Jardiel Carvalho/Folhapress

Fim de uma era tucana

O desgaste do PSDB não começou agora. Desde a eleição de 2018, marcada pela ascensão de Jair Bolsonaro e pela perda de espaço das legendas tradicionais, o partido entrou em crise. Em 2022, registrou o pior desempenho de sua história: não lançou candidato à Presidência pela primeira vez desde 1989, perdeu a hegemonia de São Paulo após quase 30 anos, e elegeu a menor bancada da Câmara.

Mesmo após formar uma federação com o Cidadania, a sigla não conseguiu frear a sangria. Neste ano, viu a saída de Raquel Lyra, de Pernambuco, e de Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, ambos rumo ao PSD de Gilberto Kassab. A filiação de Riedel ao PP fecha a conta e deixa os tucanos sem nenhum governador no país.

O cálculo político de Riedel

A ida de Riedel para o PP não foi surpresa. O governador vinha sendo cortejado tanto pelo PSD quanto pelo PL, e já dava sinais de insatisfação com o futuro incerto do PSDB. Em junho o partido chegou a aprovar a fusão com o Podemos, mas a outra legenda ainda não decidiu internamente sobre o assunto.

Segundo interlocutores, pesaram na decisão de Riedel a proximidade com a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura e hoje uma das principais lideranças políticas do estado, e a estrutura partidária que o Progressistas pode oferecer para sua campanha de reeleição em 2026.

Com a filiação, o PP passa a contar com três governadores: além de Riedel, estão na sigla Gladson Cameli (Acre) e Antonio Denarium (Roraima).

Crise tucana e incertezas no futuro

A crise no PSDB é profunda. A legenda já enfrenta debandada de parlamentares e lideranças regionais, e nomes históricos avaliam novos rumos. O ex-governador Reinaldo Azambuja, aliado de Riedel, deve se desfiliar em breve para disputar o Senado em 2026, cogitando migrar para o PL ou para o PSD.

O momento de fragilidade coincide com a tentativa do ex-ministro Ciro Gomes de se filiar ao partido. A negociação, no entanto, divide tucanos: enquanto alguns veem na chegada de Ciro a chance de reposicionar a sigla nacionalmente, outros avaliam que a associação pode aprofundar ainda mais as divergências internas.

A saída de Eduardo Riedel do PSDB e sua chegada ao PP simbolizam a mudança de forças no tabuleiro político brasileiro. O Progressistas, já parte da federação com o União Brasil que lidera a maior bancada da Câmara, reforça sua presença no Executivo estadual e projeta maior protagonismo para 2026. Já o PSDB, que durante décadas foi um dos polos centrais da política nacional, corre o risco de caminhar para a irrelevância.

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