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TARIFAÇO DE TRUMP
Congresso em Foco
27/8/2025 11:01
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), saiu em defesa do governo Lula nesta quarta-feira (27) em meio à crise comercial aberta pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Em evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, Motta elogiou os esforços da diplomacia brasileira para negociar e criticou a falta de disposição norte-americana em dialogar.
"As medidas dos EUA desrespeitam a OMC [Organização Mundial do Comércio], não têm embasamento legal. Quase todos os países têm criticado o que os EUA fizeram contra o Brasil. Precisamos nos posicionar", disse, em referência à sobretaxa de até 50% sobre produtos nacionais.
Críticas ao governo Trump
Para o deputado, a solução passa por "maturidade política". Ele apontou um "entrave" - que não detalhou - como o fator que impede as negociações de avançarem. Segundo Hugo, isso tem levado o governo americano a receber informações distorcidas sobre o Brasil.
"É muito ruim porque se você só escuta um lado, você tem grande probabilidade de agir de acordo apenas com aquelas informações. Penso que o que está chegando ao governo americano é apenas uma versão", afirmou.
Embora não tenha citado nomes, a declaração ecoa as articulações feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que admite ter defendido sanções contra o Brasil junto ao governo Donald Trump em razão do julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu em processo por tentativa de golpe de Estado.
Prioridade
Hugo afirmou que a Câmara dará prioridade às medidas enviadas pelo Executivo para mitigar os efeitos do tarifaço. "O que está em jogo é a economia do país, são os empregos, as empresas, nossa soberania. Isso para nós é inegociável", declarou.
O parlamentar também minimizou as recentes derrotas do governo no Congresso, como a perda de controle da CPMI do INSS, e disse que os impasses foram "pontuais" e não devem afetar a tramitação das propostas de socorro econômico.
Medidas de compensação
No último dia 13, o presidente Lula editou a MP Brasil Soberano, que libera cerca de R$ 30 bilhões em crédito emergencial para empresas brasileiras afetadas. A sobretaxa de 40% anunciada por Trump em julho, somada aos 10% já em vigor desde abril, passou a valer no início do mês, elevando a tarifa a 50%.
A medida atinge 35,9% das exportações brasileiras aos EUA, com impacto direto em setores estratégicos como carne, café e frutas. Dos cerca de 4 mil produtos vendidos ao mercado norte-americano, quase 700 ficaram de fora, mas mais de um terço das vendas será prejudicado.
Equipes dos ministérios da Fazenda, Casa Civil e Indústria e Comércio ainda trabalham em cálculos e planos de compensação para reduzir os danos ao setor produtivo.
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