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Mercado de Trabalho
Congresso em Foco
16/9/2025 15:17
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica, em 2012. No trimestre encerrado em julho, o índice recuou para 5,6%, frente aos 5,8% registrados no período anterior.
No final de julho, o país contabilizava 6,118 milhões de indivíduos desocupados. Este foi o menor contingente desde o índice histórico atingido no último trimestre de 2013, que contabilizou 6,1 milhões de pessoas. Paralelamente, o número de pessoas ocupadas alcançou um patamar recorde de 102,4 milhões.
O trimestre em questão também se destacou pelo índice recorde de 39,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Em decorrência desses dados, o nível de ocupação manteve-se no patamar recorde de 58,8%. Entende-se por nível de ocupação o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.
O levantamento revela que a ocupação no período de maio a julho foi impulsionada por três dos dez grupamentos pesquisados:
Força de trabalho
O IBGE também realizou um mapeamento de pessoas fora da força de trabalho, cujo número se manteve estável em 65,6 milhões, mesmo do trimestre móvel anterior. A população desalentada, ou seja, aqueles que não procuraram emprego por acreditarem na impossibilidade de encontrar uma vaga, apresentou um recuo de 11% no trimestre, atingindo 2,7 milhões de pessoas.
Para o analista William Kratochwill, os indicadores demonstram que os indivíduos que deixaram a população desocupada "não estão se retirando da força de trabalho ou caindo no desalento, elas estão realmente ingressando no mercado de trabalho".
Informalidade
A análise dos dados aponta para uma taxa de informalidade de 37,8%, menor que a do trimestre anterior (38%). A taxa de julho de 2025 é a segunda menor já registrada, superada apenas por julho de 2020 (37,2%), período em que a pandemia impactou fortemente os trabalhadores informais, resultando em exclusão do mercado de trabalho.
Apesar da redução da informalidade, o número de trabalhadores sem vínculo formal - sem garantias trabalhistas - atingiu 38,8 milhões, superando o trimestre anterior (38,5 milhões). "Como teve aumento na população com emprego formal, a taxa de informalidade caiu", explica Kratochwill.
Rendimento e mercado
O rendimento do trabalhador no trimestre encerrado em julho alcançou R$ 3.484, o maior valor para o período, embora ligeiramente inferior ao trimestre terminado em junho (R$ 3.486). A massa de rendimentos, que representa o total de renda do conjunto dos trabalhadores, atingiu R$ 352,3 bilhões, superando em 2,5% o segundo trimestre.
De acordo com Kratochwill, "o mercado se mostra aquecido, resiliente, com características de um mercado em expansão. O estoque de pessoas fora da força de trabalho vem diminuindo".
Sobre a pesquisa
A pesquisa do IBGE investiga o comportamento do mercado de trabalho para indivíduos com 14 anos ou mais, considerando todas as formas de ocupação: com ou sem carteira assinada, temporárias ou por conta própria. Considera-se pessoa desocupada somente aquela que efetivamente busca uma vaga. Para a elaboração dos dados, 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal são visitados.
O IBGE atrasou a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (Pnad) em 18 dias, prevista inicialmente para 29 de agosto, devido a problemas técnicos.
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