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Candidaturas de negros no Brasil superam a de brancos pela primeira vez

Candidaturas de negros são consideradas a partir dos registros de candidatos pretos ou pardos. A autodeclaração racial foi instituída em 2014

Congresso em Foco

17/8/2022 | Atualizado às 23:04

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Leonardo Péricles, que concorre à Presidência da República pela UP, foi alvo de uma série de mensagens de teor racista. Foto: Emilia Silberstein/Divulgação UP

Leonardo Péricles, que concorre à Presidência da República pela UP, foi alvo de uma série de mensagens de teor racista. Foto: Emilia Silberstein/Divulgação UP
A eleição deste ano no Brasil começa com um fato inédito na história: pela primeira vez, desde que foi instituída a autodeclaração racial, em 2014, o número de candidatos declarados negros é maior do que brancos. De acordo com dados dos registros de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições deste ano, 49,59% dos candidatos se declararam negros. As candidaturas de negros são consideradas a partir dos registros de candidatos pretos ou pardos. A autodeclaração racial foi instituída pela Justiça Eleitoral no ano de 2014. Naquela ocasião, cerca de 48,95% dos candidatos se declararam brancos. O cientista político e historiador Alex Ribeiro (UFBA) destaca que o crescimento das candidaturas de pretos e pardos ocorre em um cenário de ocupação cada vez maior destes grupos nas universidades e no mercado de trabalho. "Depois abolição [da escravidão, em 1888], a maioria da negritude viveu às margens da sociedade brasileira", analisou. "No âmbito político, poucos conseguiam sucesso. Vale lembrar que, no início do século 20, ser negro era um ato de resistência. Isto é, muitos afrobrasileiros não se declaravam pretos ou pardas como estratégia de sucesso social e político". O especialista frisou, no entanto, que nem sempre essa representatividade é vista com bons olhos. Alex cita o racismo estrutural e a reação de grupos de extrema-direita à ascensão da negritude no país. Um dos exemplos é o candidato Leonardo Péricles, que concorre à Presidência da República pela Unidade Popular pelo Socialismo (UP). Recentemente, ele foi alvo de uma série de mensagens de teor racistas enviadas às suas redes sociais. Um perfil de um usuário identificado como Bruno Silva afirmou ter nojo de pessoas negras, referiu-se ao candidato como "macaco" e declarou voto no presidente Jair Bolsonaro (PL). "Vota em Bolsonaro para o Brasil continuar racista. Bolsonaro é o maior racista do Brasil. Viva o racismo! Preto nojento!", proferiu, incluindo também uma saudação nazista na mensagem. "Por conseguinte, a legitimidade, o crescimento e a permanência dos negros em várias esferas de poder ocorrerá com uma reforma profunda contra o racismo estrutural. A política pública  prol da negritude deverá ocorrer em várias áreas", diz Alex. "A educação é o caminho mais óbvio, mas enquanto setores de segurança enxergam o negro como principal vetor da violência urbana, ou os mesmos serem excluídos em diversos campos, a ideia de democracia racial demorará a existir", completa.

Crescimento ano após ano

No ano de 2014, o número de candidatos negros foi de 44,24%. O número subiu já em 2018 para 46,5%. O percentual de candidatos que se declararam brancos caiu no período. Em 2014, representaram 54,98% das candidaturas. Em 2018, diminuiu para 52,46%. As eleições deste ano conta com 28.393 candidaturas registradas.
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