Cassação
Câmara de Cotia cassa mandato de Alexandre Frota após condenação
Vereador foi condenado por calúnia e difamação contra o ex-deputado Jean Wyllys e responde a pena em regime aberto.
Congresso em Foco
6/10/2025 | Atualizado às 18:50
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A Câmara Municipal de Cotia, na região metropolitana de São Paulo, cassou o mandato do vereador Alexandre Frota (PDT) após ele ter sido condenado por calúnia e difamação contra o ex-deputado Jean Wyllys. A decisão foi formalizada na sexta-feira (3) pelo presidente da Casa, Osmar Danilo da Silva (Republicanos), que justificou a medida "em razão da condenação criminal por crime doloso, com sentença definitiva e irrecorrível".
Atualmente licenciado do cargo, Frota ocupa o posto de secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Cotia.
A condenação decorre de um processo movido por Wyllys, à época no Psol e hoje filiado ao PT, por uma publicação difamatória feita por Frota em 2017. O então deputado bolsonarista atribuiu falsamente ao ex-parlamentar a frase: "A pedofilia é uma prática normal em diversas espécies de animal [sic], anormal é o seu preconceito".
Frota foi condenado em 2018, recorreu a instâncias superiores, mas teve todos os pedidos negados. O caso transitou em julgado em agosto, e a pena foi fixada em dois anos e 26 dias de detenção em regime aberto, além de multa. A punição ainda pode ser substituida em prestação de serviços à comunidade.
Após a cassação, Frota se manifestou nas redes sociais. Disse estar "triste" e classificou o episódio como uma "guerra". "Infelizmente, a Câmara cassou o meu mandato. Fiquei triste porque vinha exercendo um trabalho de muita entrega e amor por esta cidade", afirmou.
Ex-ator pornô, Frota foi eleito vereador em 2024 com 2.893 votos. Também já havia sido deputado federal pelo PSL, em 2018, quando se elegeu com mais de 155 mil votos na onda bolsonarista. Tentou a reeleição em 2022, mas não conseguiu voltar à Câmara dos Deputados.
