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CPMI do INSS
Congresso em Foco
24/10/2025 | Atualizado às 17:36
Durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o deputado José Medeiros (PL-MT) e a advogada Izabella Borges protagonizaram uma discussão acalorada. O episódio ocorreu na quinta-feira (23), enquanto a comissão ouvia o depoimento da empresária Thaisa Hoffmann Jonasson, que optou por permanecer em silêncio diante da maioria das perguntas dos parlamentares.
Ao usar a palavra, Medeiros fez uma analogia a um país fictício chamado "Banânia", dizendo ser uma obra de Monteiro Lobato, para criticar o comportamento de advogados em CPIs.
"Os inocentes estavam proibidos de falar pelos seus advogados, eles todos bem munidos com advogados bem instruídos com o padrão advogado de porta de cadeia, que é o tipo mais preparado, mas também mais petulante que tem", declarou.
A fala provocou reação imediata da defensora de Thaisa Hoffmann, que protestou contra o que considerou uma ofensa à advocacia, levantando-se da cadeira e ameaçando deixar a sessão.
"Olha isso aí, presidente. Não vou admitir alusões que criminalizam a advocacia", afirmou.
A troca de acusações continuou, com o parlamentar afirmando:
"Advogado de quadrilha não vai me fazer baixar o meu mandato. Eu represento o Estado. Estou na hora da minha fala. Cala a boca".
A confusão levou o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a intervir diversas vezes, pedindo calma e tentando restabelecer a ordem. Mesmo com os apelos, os ânimos permaneceram exaltados até o encerramento da fala de Medeiros, que voltou a mencionar o país fictício.
"Lá em Banânia está bagunçado. As CPIs, se o presidente não tomar conta, vai ser a CPI dos advogados de porta de cadeia. Muito obrigado, excelência", completou.
Após o episódio, o presidente da Ordem dos Adogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, fez um post em suas redes sociais em solidariedade à Izabella Borges. Em sua conta no Instagram, o presidente escreveu:
"Quero garantir à colega Izabella Borges, que ela tem a advocacia do Brasil e a OAB ao lado dela. Bem como os demais colegas que têm atuado na CPMI".
Simonetti também reiterou que o respeito às prerrogativas da advocacia é lei e, portanto, deve ser seguido.
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