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DEMOCRACIA

Por que as eleições para senador são diferentes de todas as outras

Renovação escalonada, mandato de oito anos e representação igualitária; entenda as regras únicas da disputa para o Senado.

Congresso em Foco

14/11/2025 7:00

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A cada quatro anos, o eleitor brasileiro reencontra a mesma dúvida: por que, em algumas eleições, escolhe apenas um senador e, em outras, dois? A disputa para o Senado segue regras próprias no sistema político brasileiro. O modelo, pouco intuitivo para parte do eleitorado, foi desenhado para dar estabilidade à Casa responsável por representar os Estados na federação.

Diferentemente da Câmara dos Deputados, o Senado não troca todos os seus integrantes ao mesmo tempo. Cada senador exerce mandato de oito anos e a Casa se renova em ciclos:

  • 1/3 das vagas (27 cadeiras) é renovado em uma eleição;
  • 2/3 das vagas (54 cadeiras) são renovados na eleição seguinte.

É essa alternância que determina o número de votos:

  • quando só há uma vaga em disputa, como foi em 2022, o eleitor vota uma vez;
  • quando há duas vagas, como em 2026, vota duas vezes, sempre em candidatos diferentes.

A regra existe para evitar rupturas bruscas na Casa e garantir que uma parcela dos senadores permaneça no cargo a cada legislatura, preservando continuidade institucional.

Vence quem tiver mais votos

A eleição para o Senado é majoritária. Isso significa:

  • ganha quem receber mais votos;
  • não há segundo turno;
  • coligações partidárias são permitidas;
  • o sistema não usa quociente eleitoral, como ocorre para deputados.

Na prática, a disputa costuma atrair nomes de grande visibilidade, ex-governadores, figuras nacionais e políticos com forte influência no estado.

Quem pode concorrer

As regras para se candidatar ao Senado são menos conhecidas do grande público, mas simples:

  • idade mínima de 35 anos;
  • filiação partidária;
  • domicílio eleitoral no estado;
  • situação regular com a Justiça Eleitoral.

A Lei da Ficha Limpa continua valendo: condenações em colegiado por determinados crimes deixam o candidato inelegível.

Suplentes assumem quando o titular deixa o cargo

Todo senador é eleito com dois suplentes, que não aparecem na urna, mas são parte formal da chapa. Eles assumem o mandato quando o titular:

  • se licencia por mais de 120 dias;
  • renuncia;
  • é cassado;
  • morre.

Em alguns casos, suplentes chegam a exercer o mandato por longos períodos, mesmo sem ter recebido diretamente um único voto.

Veja a diferença para a eleição de deputado e senador.

Veja a diferença para a eleição de deputado e senador.Arte Congresso em Foco

Por que o Senado funciona diferente da Câmara

O Senado representa os estados, e não a população. Já a Câmara reflete proporcionalmente o tamanho de cada unidade da federação. É por isso que São Paulo, com 44 milhões de habitantes, e Roraima, com cerca de 738 mil habitantes, têm três senadores cada. Em compensação, há 70 deputados paulistas e 8 roraimenses.

A igualdade de cadeiras no Senado garante que estados menores não sejam sufocados politicamente pelos mais populosos. O modelo segue práticas de outros países federativos, como os Estados Unidos.

Um papel estratégico na estrutura do Estado

Além de legislar, o Senado tem funções exclusivas:

  • julga presidente, vice e ministros em crimes de responsabilidade;
  • aprova ou rejeita ministros do STF, embaixadores e diretores do Banco Central;
  • autoriza operações de crédito de estados e municípios;
  • fiscaliza a dívida pública;
  • pode suspender a execução de leis declaradas inconstitucionais.

É, portanto, uma das Casas mais poderosas da República, o que explica o mandato longo e o sistema que evita renovações completas.

Do Senado aristocrático ao Senado federativo

O Senado atual é bem diferente do criado no Império. Na Constituição de 1824: os mandatos eram vitalícios; o imperador escolhia os senadores a partir de listas tríplices; só homens ricos podiam participar da escolha.

A República acabou com o caráter aristocrático e estabeleceu o Senado Federal como Casa eletiva, representativa dos estados e renovada de forma escalonada, como ocorre até hoje.

Leia Mais

Divisões internas e incógnitas dão o tom da disputa pelo Senado

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