Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Decoro Parlamentar
Congresso em Foco
26/11/2025 14:44
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu, nesta terça-feira (25), não aplicar novas sanções ao deputado Gilvan da Federal (PL-ES), acusado de quebra de decoro por declarações ofensivas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. O parlamentar já havia cumprido uma suspensão de três meses e, segundo o relator Ricardo Ayres (Republicanos-TO), a penalidade anterior foi "proporcional e suficiente" para o caso.
A decisão foi tomada com base na Representação 1/25, que acusava Gilvan de comportamento "descortês e impolido". Apesar de confirmar a violação ao decoro parlamentar, Ayres recomendou o encerramento do processo sem a imposição de novas punições, justificando que a sanção anterior já cumpriu o papel disciplinar.
Tentativa de ampliar penalidade é rejeitada
Durante a reunião, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) propôs a aplicação de censura, seja verbal ou escrita, como forma de reprimenda adicional ao comportamento de Gilvan. A sugestão foi rejeitada pela maioria dos integrantes do colegiado, que seguiram o parecer do relator.
"O relatório reconhece a quebra de decoro, mas entende que a suspensão já aplicada foi suficiente. Não há aqui um arquivamento puro e simples", explicou Ayres, reforçando que o processo não deve ser entendido como encerrado sem consequências.
O Conselho de Ética também decidiu pelo arquivamento de outra representação contra Gilvan da Federal, em que o Partido dos Trabalhadores o acusava de incitar a violência contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma comissão parlamentar. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) votou contra o arquivamento, mas a maioria acompanhou o parecer do relator.
Outras representações arquivadas
Além dos casos envolvendo Gilvan da Federal, o Conselho de Ética também decidiu pelo arquivamento de outras cinco representações que envolviam diferentes parlamentares. Veja o resumo de cada uma:
Representação apresentada pelo PT, que acusava o parlamentar de agressão física contra um cidadão durante reunião da Comissão de Direitos Humanos, em julho. O relator, deputado Albuquerque (Republicanos-RR), afirmou que Éder Mauro agiu em legítima defesa. O colegiado arquivou o caso por entender que não houve agressão.
O Psol acusava o deputado de ataques racistas e preconceituosos à deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) durante debate no Plenário sobre o PL do Licenciamento Ambiental. O relator, Rodrigo da Zaeli (PL-MT), recomendou o arquivamento, alegando ausência de provas de quebra de decoro.
Acusada pelo PL de agressão física e de ter ferido o deputado Coronel Meira (PL-PE) com uma caneta durante a mesma sessão em que houve o embate com Kataguiri. O relator Josenildo (PDT-AP) entendeu que não havia comprovação suficiente dos fatos e recomendou o arquivamento.
Representação do Psol por suposta ameaça ao deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) durante reunião da Comissão de Segurança Pública. O relator Fernando Rodolfo (PL-PE) afirmou que o comentário feito por Fahur não teve intenção dolosa e recomendou o arquivamento da denúncia.
LEIA MAIS
Conselho de Ética
Psol aciona Conselho de Ética contra Bilynskyj por quebra de decoro
Análise de Processos
Conselho de Ética da Câmara analisa abertura de 12 novos processos
CONSELHO DE ÉTICA
PT recorre de decisão que arquivou processo contra Eduardo Bolsonaro
VOTAÇÃO NO SENADO
Entenda o que muda com a aposentadoria especial para agentes de saúde
TENSÃO NO CONGRESSO
Crise política trava Congresso e pressiona governo na reta final