Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Marco Temporal
Congresso em Foco
9/12/2025 19:21
O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (9), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 48/2023, que insere na Constituição a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Pelo texto, só teriam direito ao território os povos que estivessem ocupando ou em disputa pela posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Carta Magna. O texto segue agora para a Câmara dos Deputados.
A proposta, de autoria do senador Dr. Hiran (PP-RR) e relatada por Esperidião Amin (PP-SC) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), recebeu parecer favorável. Amin defendeu que a Constituição já sinalizaria para um marco de referência em 1988 e que o Congresso, como poder constituinte derivado, tem legitimidade para definir o tema. Segundo ele, a PEC traria previsibilidade e segurança jurídica, argumento apoiado pela bancada ruralista.
A votação ocorre em meio à escalada de tensionamento entre Senado e Supremo Tribunal Federal (STF). Parlamentares reagiram à decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes que limitou à PGR os pedidos de impeachment de ministros da Corte, medida que irritou especialmente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que prometeu uma "força-tarefa legislativa" para reafirmar a "altivez institucional" da Casa. No centro desse movimento está justamente o marco temporal, tema que reacendeu o confronto entre os Poderes.
A disputa sobre o marco temporal tem se arrastado desde que o STF, em setembro de 2023, declarou inconstitucional a tese, afirmando que os direitos territoriais indígenas são originários e não podem ser condicionados à presença física em 1988, sobretudo diante de expulsões, deslocamentos forçados e esbulhos históricos. Em resposta, o Congresso aprovou a Lei 14.701/2023 restabelecendo o marco temporal. O presidente Lula vetou os principais trechos, mas o Legislativo derrubou o veto no fim de 2023, levando o caso de volta ao Supremo.
Com a aprovação da PEC 48/2023 no Senado, a estratégia do Congresso passa a ser constitucionalizar o marco temporal, blindando-o de revisões futuras e reforçando a ofensiva política sobre o tema.
Debate no STF segue em paralelo
Enquanto a PEC avança, o STF retoma nesta quarta-feira (10) o julgamento das ações que contestam a validade da Lei 14.701/2023. O processo, inicialmente pautado no Plenário virtual, foi transferido para o Plenário físico a pedido de organizações indígenas, ampliando a visibilidade e o impacto político da análise.
Na sessão de quarta, o STF ouvirá apenas sustentações orais; o julgamento será retomado em data posterior, a ser definida pelo relator, ministro Gilmar Mendes. A decisão da Corte influenciará diretamente:
{ "datacode": "NOTICIAS_LEIA_MAIS", "exhibitionresource": "NOTICIA_LEITURA", "articlekey": 114693, "viewed": [ "114693" ], "context": "{\"articlekey\":114693,\"originalarticlekey\":\"114693\"}" }
CARTEIRA DE HABILITAÇÃO
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Relator apresenta parecer da PEC da Segurança Pública; veja o que muda
Energia Elétrica
Comissão aprova inclusão de prossumidores nos conselhos de energia