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SEGURANÇA PÚBLICA
Congresso em Foco
11/12/2025 7:39
O Senado aprovou nesta quarta-feira (10), por unanimidade (64 votos), o chamado PL Antifacção, que cria um novo marco legal para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil. O texto, relatado pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), reformula a proposta aprovada pela Câmara em novembro e agora volta para nova análise dos deputados. A versão costurada pelo relator agradou ao governo, que havia ficado contrariado com as mudanças feitas pelos deputados.
O projeto atualiza a Lei das Organizações Criminosas e endurece penas, regras de investigação e critérios de progressão de regime para integrantes, financiadores e líderes de facções e milícias. Segundo o relator, a punição para chefes dessas organizações pode chegar a 60 anos, e, com agravantes previstos no texto, alcançar até 120 anos.
Endurecimento penal e regime mais rígido
O texto amplia substancialmente os marcos punitivos:
O PL também torna mais rígida a progressão:
O texto define que chefes de facções e milícias cumprirão pena obrigatoriamente em presídios federais de segurança máxima.
Equiparação a terrorismo é rejeitada
Durante a votação, senadores da oposição defenderam que ações de facções fossem classificadas como terrorismo, citando ataques com drones e granadas em comunidades. A emenda apresentada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) foi rejeitada.
Alessandro Vieira afirmou que, embora provoquem medo, esses grupos não têm motivação política, ideológica ou religiosa, requisito técnico para o enquadramento como terrorismo.
"Não há benefício para o Brasil em reconhecer facções como terroristas", disse o relator, lembrando que isso poderia gerar repercussões internacionais.
Retirados pontos considerados inconstitucionais
O relatório suprimiu diversos dispositivos aprovados pela Câmara e considerados inconstitucionais ou arriscados juridicamente:
Vieira também rejeitou a criação de uma lei paralela para o tema e optou por atualizar a legislação já existente, como pediam o Ministério da Justiça e a Polícia Federal.
Novos instrumentos de investigação
O projeto amplia ferramentas de persecução penal:
Integração institucional e registro nacional
O texto formaliza as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que reúnem PF, polícias estaduais, Ministério Público, Coaf, Abin, Receita Federal e Banco Central. Também cria um banco nacional de dados sobre integrantes de facções, milícias e organizações criminosas, a ser replicado nos estados.
Sistem a prisional: monitoramento e fim de visita íntima
O projeto prevê:
Criação de Cide sobre apostas on-line
O Senado incluiu a criação de uma Cide-Bets:
Estimativa de arrecadação: R$ 30 bilhões por ano.
Vieira incluiu ainda uma declaração de regularização para bets que atuam sem licença, com potencial de arrecadar mais R$ 7 bilhões.
Outros pontos aprovados:
Volta à Câmara
Com as mudanças feitas pelo Senado, o PL Antifacção retorna à Câmara, que decidirá se mantém ou altera o texto. Se aprovado, seguirá para sanção presidencial.
O relator afirmou que o objetivo é responder ao avanço territorial e econômico de facções e milícias:
"O lobby que não teve acesso a esta Casa foi o das vítimas, da população que vive sob o domínio dessas organizações", declarou Alessandro Vieira.
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