Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Crescimento Econômico
Congresso em Foco
21/12/2025 17:00
O mais recente Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de 2025 indica uma possível moderação no ritmo de expansão da economia brasileira nos anos subsequentes. Contudo, a estabilidade inflacionária e o aprimoramento gradual da política fiscal governamental podem proporcionar um cenário mais favorável para a economia, as finanças públicas e a população em geral.
Conforme a Instituição Fiscal Independente (IFI), projeta-se um crescimento de 2,3% para o Brasil em 2025 e de 1,7% em 2026. Para o período entre 2027 e 2035, a estimativa aponta para um crescimento médio anual de 2,2%. Essa cadência moderada pode impactar a velocidade na criação de postos de trabalho e no aumento da renda.
O relatório demonstra uma tendência de queda na inflação, com a previsão de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre 2025 em 4,3%, caindo para 3,9% em 2026 e possivelmente atingindo 3% no ano seguinte. Para a população, isso pode se traduzir em aumentos menos expressivos nos preços de bens e serviços essenciais, como medicamentos, mensalidades escolares, materiais didáticos, transporte e alimentação, além de atenuar os custos para estados e municípios na manutenção de serviços públicos essenciais.
De acordo com a IFI, a política de juros elevados adotada pelo Banco Central tem contribuído para conter a inflação, embora restrinja o crescimento econômico no curto prazo. Com a inflação sob maior controle, o relatório sugere que haverá margem para a redução gradual da taxa básica de juros, a Selic, nos próximos meses.
Taxas de juros mais baixas podem tornar o crédito mais acessível para famílias, empresas e projetos de infraestrutura pública.
O RAF 107 também destaca o aumento das despesas obrigatórias, que exerce pressão sobre a dívida pública e limita a flexibilidade do governo. Para Marcus Pestana, diretor-executivo da IFI, o desafio reside em promover um avanço gradual. "Os dados revelam a necessidade de um ajuste fiscal consistente, capaz de garantir equilíbrio das contas públicas e crescimento sustentável", afirma o diretor no documento.
A IFI prevê que o governo federal continuará a apresentar um déficit primário no curto prazo, com uma estimativa de R$ 90,6 bilhões negativos para 2026. Essa situação restringe o espaço para investimentos no orçamento público, mas o relatório salienta que o aumento de receitas previsto para o próximo ano pode auxiliar no cumprimento das metas fiscais. Segundo a IFI, com a inflação sob controle, juros em trajetória de queda e medidas fiscais mais previsíveis, o país poderá criar condições para melhorar os serviços públicos e fortalecer o crescimento econômico ao longo dos próximos anos.
O relatório destaca que medidas de aumento de arrecadação podem elevar a receita do governo em até R$ 116,4 bilhões, mas ressalta que parte desses recursos é temporária. Ao mesmo tempo, o crescimento das despesas obrigatórias reduz a capacidade do governo de direcionar recursos para políticas públicas que atendem a população diretamente. Pestana afirma que os dados reforçam a necessidade de mudanças estruturais.
De acordo com a IFI, o país precisa de um ajuste fiscal mais profundo para poder sair do saldo negativo, produzir superávits e estancar o crescimento da dívida bruta, além de ampliar a capacidade de investimento do governo. Com isso, o país poderia superar gargalos de infraestrutura e promover inovações em ciência e tecnologia, impulsionando o aumento da produtividade da economia como um todo.
A IFI estima que, nos três primeiros anos de vigência do atual Arcabouço Fiscal, mais de R$ 170 bilhões em despesas foram excluídos dos limites, prática que tem contribuído para abalar a credibilidade da norma criada para o fortalecer o controle das contas públicas.
{ "datacode": "NOTICIAS_LEIA_MAIS", "exhibitionresource": "NOTICIA_LEITURA", "articlekey": 115056, "viewed": [ "115056" ], "context": "{\"articlekey\":115056,\"originalarticlekey\":\"115056\"}" }
Reestruturação
Haddad descarta privatização e propõe parcerias nos Correios