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Cristiano Carvalho confirma pedido de propina e aponta briga de grupos por contrato de vacina

Congresso em Foco

15/7/2021 | Atualizado às 18:16

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Cristiano Alberto Hossri Carvalho, representante da Davati Medical Supply, em depoimento à CPI da Covid [fotografo] Pedro França/Agência Senado [/fotografo]

Cristiano Alberto Hossri Carvalho, representante da Davati Medical Supply, em depoimento à CPI da Covid [fotografo] Pedro França/Agência Senado [/fotografo]
Em depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira (15),  o representante da Davati Medical Supply, Cristiano Carvalho confirmou o pedido de um "comissionamento" para a compra de vacinas da AstraZeeca pelo Ministério da Saúde. De acordo com ele, esse pedido partiu do "grupo do Blanco" [coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde] que falava em nome do ex-diretor de Logística, Roberto Dias. "A informação que veio a mim, vale ressaltar isso, não foi o nome propina, tá? Ele [Dominguetti] usou comissionamento. Ele se referiu a esse comissionamento sendo do grupo do tenente-coronel Blanco e da pessoa que o tinha apresentado ao Blanco, que é de nome Odilon [Guilherme Filho Odilon]", disse. Carvalho relatou não ter participado do jantar em que o assunto foi tratado, mas que a informação chegou a ele pelo policial militar e vendedor da Davati, Luiz Paulo Dominguetti. O jantar ocorreu no dia 25 de fevereiro. Ao longo do depoimento, Cristiano Carvalho também informou que havia outro grupo na disputa pelo contrato, ao que definiu como o grupo do coronel Elcio Franco, secretário executivo da pasta, liderado por um homem chamado Helcio Bruno. Em uma das intervenções que fez ao depoimento de Cristiano Carvalho, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) alertou para o que definiu como uma "briga de quadrilhas". "Havia um núcleo de agentes políticos e agora um núcleo militar numa briga interna para a compra de vacinas. Mas não no sentido de conseguir vacinas para colocar no braço da população. Mas para fazer qualquer tipo de negociação, de negociata. Tudo nos leva a crer que são brigas de quadrilhas: atravessadores e agentes que queriam vender vacinas sem saber sequer se tinha", disse Tebet. Diante da variante de grupos, o senador Randolfe Rodrigues listou uma série de nomes e pediu que o depoente indicasse qual era o papel de cada um deles. Assista: O depoimento de Cristiano foi pedido pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que considera a denúncia "gravíssima". A proposta da Davati seria vender 400 milhões de vacinas da AstraZeneca por U$ 3,50, mas o preço acabou inflado para U$ 15,50. Matéria da Folha de S.Paulo afirmou que chegou a Dominghetti devido a informação repassada por Cristiano Carvalho. Ainda segundo o jornal, o valor da propina chegaria a R$ 1 bilhão. Em depoimento à CPI em 1º de julho, Dominguetti confirmou a denúncia de que teria sido assediado com propostas de propina. E acrescentou que parlamentares procuraram Cristiano Carvalho nessas intermediações. Domnguetti disse ainda que recebeu de Cristiano Carvalho um áudio do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que denunciou esquema de compra da vacina Covaxin pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), negociando a compra de vacinas. O deputado nega e diz que o áudio é de 2020 quando negociava luvas descartáveis. Requerimentos de informação A CPI aprovou 33 requerimentos de informação. A comissão quer saber, por exemplo, quem foram os médicos voluntários que acompanharam a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, em viagem a Manaus (AM). A CPI retirou da pauta três requerimentos para a convocação do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. Os pedidos buscavam apurar as suspeitas de que o órgão teria atuado para interferir nos trabalhos da comissão e a insinuação de Jair Bolsonaro de que o coronavírus teria sido criado pela China como arma em para uma "guerra química". Davati Cristiano Carvalho disse à comissão que a Davati não tem operação no Brasil, somente nos Estados Unidos. Ele acrescentou que a Medical Supply faz parte da Davati Group, que incorpora outros setores, como a construção civil. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) pediu esclarecimentos sobre o vínculo empregatício com a Davati. De acordo com o depoente, ele atua como consultor e vendedor, mas sem formalização de contrato. De acordo com Cristiano, ele tem poderes limitados para representar a empresa no Brasil. Cristiano Carvalho afirmou que não conhecia o cabo da PM, Luiz Paulo Dominguetti, até receber uma mensagem dele em 10 de fevereiro. O executivo afirmou à CPI que esteve no Ministério da Saúde em 12 de março, levado por Dominguetti pelo reverendo Amilton Gomes, da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) e pelo coronel reformado Helcio Bruno, do Instituto Força Brasil (IFB). Na sede do ministério, eles estiveram reunidos com os coronéis Boechat e Pires e com o então secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, relatou Carvalho. O relator da CPI, senador Renan Calheiros, insistiu em saber o papel do reverendo Amilton Gomes na negociação para a compra dos imunizantes. Cristiano Carvalho esclareceu que foi apresentado ao reverendo pelo cabo da PM e vendedor Dominguetti e que a reunião da Davati com o Ministério da Saúde, em 22 de fevereiro, foi marcada por Amilton Gomes. Para Eduardo Braga (MDB-AM), as informações do depoente indicam que o reverendo era o "intermediário" dessa questão junto ao Ministério. Cristiano Carvalho informou que o reverendo Amilton Gomes de Paula, intermediário das negociações da Davati com o Ministério da Saúde, também mantinha negócios com governos de outros países, como Paraguai e Arábia Saudita. As tratativas se davam através da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), organização fundada e dirigida pelo reverendo. Cristiano Carvalho negou que o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), tenha sido citado em negociações para a compra da vacina Covaxin. Ele disse, no entanto, que outros parlamentares assinaram cartas de apoio para que a Senah intermediasse a aquisição do imunizante indiano. "Peço desculpas pela ignorância, mas só descobri quem era Ricardo Barros através da CPI. Nunca me citaram o nome dele em nenhuma negociação dessas aqui." Instituto Força Brasil O Instituto Força Brasil (IFB), citado por Cristiano Carvalho como mediador de seu contato com o Ministério da Saúde, já era investigado pela CPI Mista das Fake News, que está suspensa no Congresso Nacional. A informação é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O IFB foi descrito como uma ONG por Cristiano. Em sua página oficial, o instituto se apresenta como uma organização "que se propõe a fazer frente à hegemonia da esquerda" e "fortalecer os movimentos ativistas conservadores". No entanto, a página foi retirada do ar nesta quarta-feira (14). Cristiano Carvalho afirmou ter se reunido na sede do instituto com o seu presidente, o tenente-coronel Hélcio Bruno de Almeida, que pertenceu às Forças Especiais do Exército e hoje está na reserva. Negociações Cristiano Carvalho afirmou que foi o Ministério da Saúde que o procurou para adquirir vacinas, e não ele que entrou em contato com a pasta. O vendedor da Davati disse que começou a receber mensagens do ex-diretor de Logística do ministério, Roberto Dias. Este foi o último depoimento da CPI antes do recesso. Os trabalhos retomam em agosto e a previsão é de que o período seja usado pelos senadores para análise dos documentos recebidos, incluíndo os dados de quebras de sigilos telefônicos e telemáticos. A CPI teve o trabalho prorrogado por mais 90 dias, podendo, portanto, se prolongar até outubro. No entanto, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues, afirmou ser possível que o relatório final seja apresentado em setembro. *Com informações da Agência Senado. > Saúde admite ineficácia de cloroquina e outros medicamentos do "kit covid"
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