Por 48 votos favoráveis, 29 contrários e três abstenções, o senador Renan Calheiros foi absolvido da acusação de ter utilizado “laranjas” para comprar empresas de comunicação em Alagoas. “Daqui pra frente é paz e amor”, disse Renan, que sequer votou.
Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Raimundo Colombo (DEM-SC), foram os últimos a votar. A votação começou às 20h32 e encerrou às 20h35. A sessão durou cinco horas e 35 minutos.
Esta é a segunda que senador alagoano, que renunciou à presidência do Senado antes do julgamento, é absolvido pelo plenário do Senado. Em setembro, o plenário inocentou Renan da acusação de ter tido despesas pessoais pagas por um lobista.
Nenhuma surpresa
A absolvição de Renan não é nenhuma surpresa. Tanto ele quanto a oposição deram sinais claros de que o seu mandato seria preservado na sessão de hoje. Antes mesmo de o julgamento ser iniciado, o senador alagoano cantou vitória ao afirmar que as denúncias de comprar empresas de comunicação com "laranjas" seriam refutadas.
Ontem, o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), afirmou ao Congresso em Foco que o PT e o PSDB fecharam acordo para absolver Renan e aprovar a proposta que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
"Na minha opinião, foi feito um acordo, claro, entre o PT e o PSDB, por troca de votos”, disse o parlamentar, mesmo sendo aliado dos tucanos na contrariedade à prorrogação da cobrança do imposto do cheque. (Rodolfo Torres e Eduardo Militão)
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