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Crônica de uma tragédia anunciada

Congresso em Foco

21/7/2007 | Atualizado às 21:16

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Soraia Costa

Desde o acidente com o Fokker-100 da TAM, que caiu em 31 de outubro de 1996, logo após decolar do aeroporto de Congonhas, vitimando 99 pessoas, confesso que criei certa antipatia por aquele aeroporto.

Até então nunca tinha ido a São Paulo de avião e minha primeira experiência com Congonhas, meses após aquele acidente, não contribuiu em nada para mudar o preconceito que havia criado.

Pousar em Congonhas é sempre motivo de tensão. Além da pista curta, é quase possível dar “tchau” para as pessoas que estão nos prédios próximos ao aeroporto. E põem próximos nisso!

Fora da aeronave, o medo não desaparece, pelo contrário. Não é nada agradável ver aviões levantando vôo poucos metros acima da avenida. E o que é pior: o movimento de pousos e decolagens não pára.

Visitando um bairro nem tão próximo assim ao aeroporto, já fiquei tensa com a quantidade de aviões que passavam voando baixo. Comecei a imaginar como as pessoas vizinhas a Congonhas suportam ficar ali, com barulho e perigo iminente 24 horas por dia.

Ao ficar sabendo do acidente com o Airbus da TAM que vinha de Porto Alegre e ver as inúmeras imagens da simulação do acidente, só conseguia pensar em como todos aqueles passageiros devem ter se sentido quando o avião se aproximou da pista e passou por ela. 

Digo isso porque minha última experiência no aeroporto de Congonhas – e espero sinceramente que tenha sido a última mesmo – também não foi das mais agradáveis.

Eu e os demais passageiros do vôo da Gol que ia de Brasília para Congonhas naquela noite de caos aéreo às vésperas do último feriado de junho tivemos sorte. Apesar do tráfego, das rádios piratas e da repentina e brusca manobra que o piloto precisou fazer ao arremeter após perder comunicação com a torre, conseguimos pousar e chegar vivos em casa. 

A diferença entre o final feliz e a tragédia é tão sutil que desafia até a mais religiosa das pessoas.

Mas no caso de Congonhas o problema vai muito além do destino e da fé de cada um. Assim como aconteceu em 1996, aconteceu na terça-feira passada e poderá acontecer de novo e de novo até que alguma providência seja tomada.

Que São Paulo precisa de Congonhas, não tenho dúvidas. Mas será que vale a pena pagar com tantas vidas só pela comodidade de embarcar em um local próximo ao centro? São Paulo cresceu, o porte dos aviões aumentou e o aeroporto, incrustado na selva de pedra de avenidas, prédios e casas, já não tem como acompanhar tudo isso. 

Se a solução é fechar Congonhas, diminuir seu tráfego ou limitar o porte das aeronaves a que atende não cabe a mim dizer. Não sou técnica e nem autoridade no assunto. Mas, na minha ignorância de passageira, sei que é preciso fazer algo, e fazer rápido!

Tenho certeza de que a cada minuto mais e mais histórias de medo estão saindo de Congonhas fresquinhas. Independentemente de reforma na pista ou da chuva, sortudos são os que conseguem um final feliz ali.

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