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Déficit de imagem e recrutamento político

Congresso em Foco

29/6/2007 | Atualizado 2/7/2007 às 1:23

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Antônio Augusto de Queiroz*

O descrédito dos políticos em geral e dos parlamentares, em particular, tem dificultado o recrutamento de bons quadros. Os partidos políticos, que detêm o monopólio da disputa eleitoral, estão carentes de novas lideranças, exatamente em função dos custos de imagem. Até os movimentos sociais, notadamente o sindical e o estudantil, que antes forneciam quadros aos partidos, passam por um processo de retração.        

O julgamento que a população faz dos políticos é tão negativo que as pessoas que resolvem ingressar na vida pública têm que explicar para amigos, vizinhos, colegas de trabalho e parentes porque estão se misturando com “essa gente”, como se a atividade política fosse uma coisa ruim por natureza.

De fato, a avaliação dos políticos, captada por pesquisa do Ibope e publicada pela revista Veja em janeiro de 2007, não é nada boa. Segundo essa pesquisa, para 84% dos entrevistados os parlamentares trabalham pouco;  para 55%, eles são desonestos; para 52%, são insensíveis; para 49%, são mentirosos; para 63%, só defendem interesses pessoais ou de grupos, e somente 3% acham que os parlamentares defendem interesses da sociedade.

Para o bem da democracia, é urgente a reversão desse quadro. Não se trata, entretanto, de tarefa fácil. Há uma tendência de generalização muito grande. Uma medida importante é ampliar o conhecimento das pessoas sobre o Parlamento em geral e sobre o trabalho dos deputados e senadores, em particular, como forma de desmistificar essa imagem negativa. Alguns exemplos demonstram o acerto desse caminho.

O primeiro, que precisa ser divulgado, é o estágio-visita de pequena duração, que a Câmara dos Deputados oferece a universitários de todo o país desde 2003. Durante cinco dias, os universitários acompanham, de perto, o funcionamento da Câmara dos Deputados, visitam suas instalações, acompanham reuniões, recebem aulas sobre o processo legislativo, sobre a importância da democracia, do sistema republicano, que pressupõe alternância no poder, e do papel do Parlamento.

Cada deputado pode indicar até dois estagiários, de qualquer lugar do país. A Câmara fornece hospedagem e alimentação, além do treinamento, e os alunos custeiam as despesas de deslocamento. Após o estágio, com conhecimento teórico e prático sobre a atividade legislativa, os universitários saem com outra visão e se constituem em defensores da instituição e da necessidade de participação política.

O segundo exemplo, também inovador, partiu do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que levou uma turma de 80 delegados sindicais de fábrica para conhecer as instalações do Congresso, receber orientação sobre o funcionamento dos poderes em geral e do Parlamento em particular.

O programa dos metalúrgicos, cuja organização contou com apoio do gabinete do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que também é presidente da Força Sindical, durou dois dias, tempo suficiente para visitar as instalações, conhecer o trabalho das comissões e do plenário, além de assistir a uma palestra do autor deste texto e do presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Os operários, após essa convivência, saíram com uma impressão muito positiva da relevância do trabalho parlamentar e convictos da importância do Congresso para a democracia.

O terceiro exemplo, digno de reprodução, partiu do senador Geraldo Mesquita Junior (PMDB-AC) que, em lugar de utilizar a verba de representação para promoção pessoal, resolveu investir na educação política. Em seu portal na internet (www.geraldomesquita.com), o leitor encontra informações úteis à formação cidadã, como o curso “Política e Cidadania” e o “Breviário da Cidadania”, entre outros. São publicações indispensáveis a todos aqueles que se interessam por política com “P” maiúsculo. Vale a pena visitar o site do senador acreano.

A recuperação da imagem do Congresso e o resgate da política como um valor fundamental à democracia passam pela formação e pela informação correta aos cidadãos. São iniciativas como essas que irão contribuir para a melhoria da representação política.

*Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

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