O PSDB não aceitou as propostas de última hora oferecidas pelo Palácio do Planalto para aprovar a CPMF. Em reunião encerrada na tarde de hoje (12), o partido decidiu manter a posição de votar contra a renovação do tributo. O governo tinha oferecido a prorrogação da CPMF por apenas um ano e a aplicação de todos os recursos na saúde – hoje, a área divide o dinheiro com a Previdência e o Fundo de Combate à Pobreza.
Segundo Alvaro Dias (PSDB-PR), todos os 13 senadores tucanos vão tomar a mesma decisão, embora não tenham fechado questão. “Vai prevalecer a unidade partidária. Não fechamos questão. Nós confiamos nos nossos colegas.” A decisão complica os planos do governo, que contava com dissidências no PSDB para aprovar a CPMF hoje.
Para Alvaro, a coerência e a falta de credibilidade no Planalto pesaram na decisão dos colegas. “Isso é uma promessa. E promessa não resolve. A promessa de prorrogar por apenas um ano foi feita por nós antes. Agora, diante da iminência da derrota, o governo faz promessa”, criticou o tucano.
Ele disse que a aplicação de toda a arrecadação anual de R$ 40 bilhões da CPMF não convence. “É uma balela: o governo pode passar todo o dinheiro da CPMF para a saúde, mas aí não passa de outras fontes”, avaliou Alvaro. (Eduardo Militão)