Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
25/9/2006 | Atualizado às 20:10
Além do ex-ministro Humberto Costa e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o deputado e ex-líder do PP na Câmara José Janene (PP-PR) também será investigado por envolvimento com a máfia dos vampiros. Mas, devido à prerrogativa do foro privilegiado concedida aos parlamentares, ele será investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) e não na Justiça Federal como os 33 indiciados hoje pelo Ministério Público.
Segundo o procurador da República no Distrito Federal, Gustavo Pessanha Veloso, responsável pelo caso, Janene recebia propina para recrutar outros parlamentares para participar da fraude, num sistema que, segundo o procurador, seria uma espécie de embrião do mensalão - pagamento de mesadas pelo PT para deputados que apoiassem o governo, segundo acusou o ex-deputado Roberto Jefferson. "(Era) algo muito parecido com o mensalão", disse Pessanha. Ele não detalhou, todavia, como era a atuação desses congressistas na máfia dos vampiros.
Na lista dos 33 indiciados pelo MP está Frederico Netto, o Lilico. Segundo o procurador, escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal o colocam como uma espécie de lobista entre as empresas especializadas na venda de hemoderivados e o Ministério da Saúde. Lilico, ligado ao PT, negociava licitações em troca de propina, assim como outros servidores denunciados à Justiça.
Outro lobista ligado aos petistas era Luiz Cláudio Gomes da Silva, que era pessoa de confiança de Costa, segundo Pessanha. O assessor, que chegava a quebrar a hierariquia para despachar diretamente com o ex-ministro, era responsável pela gestão estratégica das licitações. O procurador disse que ele, assim como os outros servidores, agiam com o conhecimento de Costa.
O esquema dos vampiros, de acordo com o procurador, existe desde 1998, ainda na gestão de Fernando Henrique, e conservou esquema semelhante durante o governo Lula. Ele disse, no entanto, que não há indícios que vinculem o ex-ministro da Saúde da gestão tucana José Serra com a fraude. Segundo ele, o envolvimento de Humberto Costa foi comprovado pelas escutas telefônicas, que só foram usadas a partir de 2003.
Na lista de indiciados, pelo menos seis são investigados por envolvimento na máfia ainda na era tucana: Jaisler Jabour de Alvarenga, Lourenço Rommel Peixoto, Platão Fischer, Edilamar Martins, Elias Espiridião Abbodalla e Marcelo Pupkin Pitta. Segundo as investigações do Ministério Público, Platão atuava de maneira semelhante a de Luiz Cláudio. Ele foi demitido quando os petistas chegaram ao governo.
Os procuradores suspeitam ainda do envolvimento do ex-ministro José Dirceu e do publicitário Duda Mendonça no esquema a partir de fevereiro de 2004, mas ainda não há prova contra eles.
Na época do governo Lula, período em que as investigações foram conduzidas, os recursos levantados com a venda superfaturada de hemoderivados eram divididos entre pessoas ligadas a Humberto Costa, repassados ao ex-tesoureiro do PT e a outros lobistas do esquema. O procurador relatou que em vários momentos as empresa brigavam para ganhar um contrato. (Diego Moraes)
Temas
PEC da Blindagem
Silvye Alves pede desculpas por voto a favor da PEC da Blindagem
IMUNIDADE PARLAMENTAR
PEC da Blindagem
Em vídeo, Pedro Campos diz que errou ao apoiar PEC da Blindagem
PEC da blindagem
Artistas brasileiros se posicionam contra a PEC da Blindagem