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Congresso em Foco
23/9/2006 | Atualizado 25/9/2006 às 9:47
Pesquisa Datafolha realizada ontem - sexta, 22 - atribui ao presidente Lula (PT) 55% dos votos válidos (total dos votos, excluindo brancos e nulos). De acordo com a pesquisa, Lula tem agora oito pontos percentuais a mais que os índices somados de todos os seus adversários.
Conforme a legislação eleitoral, não há necessidade de segundo turno quando qualquer um dos candidatos alcança no primeiro turno votação superior à soma de todos os demais candidatos.
Segundo o levantamento do Datafolha, publicado neste sábado pelo jornal Folha de S. Paulo, Lula teve uma queda de apenas um ponto percentual, de 50% para 49%, desde a última pesquisa do instituto, feita nos dias 18 e 19.
Ou seja, o escândalo causado pela divulgação do dossiê que provaria os vínculos do ex-ministro José Serra com a máfia dos sanguessugas não alterou a vantagem eleitoral do presidente-candidato.
Geraldo Alckmin (PSDB), que tinha 29%, passou a ter 31%. Como ocorreu com Lula, no entanto, a oscilação está dentro da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. Nos últimos dez dias, a diferença de Lula para Alckmin caiu de 22 para 18 pontos percentuais.
Segundo o Datafolha, Alckmin tirou mais votos de Heloísa Helena (Psol) do que de Lula. O índice de intenção de votos da senadora alagoana caiu de 9% para 7%.
Cristovam Buarque (PDT) se manteve com 2%. Ana Maria Rangel (PRP) também ficou estável, com 1%. José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL) e Rui Costa Pimenta (PCO) ficaram abaixo de 1%. Votos nulos, em branco e de indecisos representam 10% do total de entrevistados.
O caso do dossiê
A pesquisa também ouviu os eleitores sobre o caso do dossiê. Segundo o levantamento, 71% dos entrevistados tomaram conhecimento da prisão de Valdebran Padilha, filiado do PT, e de Gedimar Passos, contratado para trabalhar no comitê da campanha de Lula. Os dois foram presos com R$ 1,7 milhão em espécie, em um hotel de São Paulo.
Para 39% dos eleitores, o presidente tinha conhecimento da compra do dossiê. Na opinião de 52%, porém, o assessor especial do Planalto Freud Godoy, exonerado nesta semana por causa do episódio, está envolvido na negociação do material que provaria os vínculos do ex-ministro José Serra (PSDB-SP) com a máfia dos sanguessugas.
No Nordeste, principal base eleitoral de Lula, apenas 27% dizem que ele tinha conhecimento da operação que colocou o PT no furacão de uma nova crise às vésperas da eleição. Na região Sul, onde ele enfrenta a maior taxa de rejeição, o índice é de 46%.
Caiu o índice de percepção no atual governo. Cinco meses atrás, 79% acreditavam que existem casos de corrupção na administração petista. Na pesquisa realizada ontem, esse percentual foi de 75%.
De acordo com o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, "os fatos mais recentes não serviram para mudar a avaliação do eleitor" sobre corrupção no governo atual.
O Datafolha entrevistou 4.319 eleitores em 210 municípios de 25 unidades da federação.
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